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24 de janeiro de 2003
Os melhores do Botequim do Seu Fabiano

Por Fabiano Pereira

Primeiro, quero avisar que todo o conteúdo desta coluna é apenas opinião deste desregrado colunista, e que isso não me torna dono da verdade ou supremo ser especialista de hóquei no gelo no Brasil. Mas adoro uma boa discussão e sei que você que está lendo este texto — parabéns pela coragem — vai adorar descer a lenha contra minhas escolhas. Mas, afinal, quem disse que no esporte precisa sempre haver consenso? Segundo, as estatísticas destacadas datam do fechamento desta edição.

Conversamos (eu, eu mesmo e a Inês, que não é morta), aqui no boteco, e, depois de muitas discussões, chegamos às seguintes conclusões:

Anaheim Mighty Ducks: Que tal o óbvio e trivial? Paul Kariya, certo? Errado. Eu vou de Jean-Sebastien Giguere. Defendendo 91,3% dos chutes que encara, 17 vitórias em 37 jogos e cinco shutouts, não tenho dúvidas. Ah sim, Kariya tem um mais/menos de -12...

Atlanta Trashers: Vou cair no lugar comum, mas sem problemas. Dany Heatley e Ilya Kovalchuk, claro.

Boston Bruins: Desta vez vou no óbvio e trivial. Joe Thornton.

Buffalo Sabres: Miroslav Satan. Fala sério. Quando você disse o nome deste jogador pra alguém que não entende bulhufas de hóquei, deve ter ouvido algo do tipo: "Ah, ele deve ser diabólico, infernal".

Calgary Flames: E pensar que na temporada passada essa seria fácil. Era só escrever: "J-A-R-O-M-E I-G-I-N-L-A". Nesta, voto em Martin Gelinas.

Carolina Hurricanes: Bem, já que vovô Francis parece não estar empolgado, e seu sobrinho Paul Maurice parece não dar mais jeito na equipe, Kevin Weekes é o escolhido. O goleiro vem bem na temporada e, se não fosse por ele, as coisas poderiam estar piores...

Chicago Blackhawks: o preterido, esquecido e excomungado Jocelyn Thibault é uma das poucas razões por que os Hawks lutam por uma vaga nos playoffs. Ou seja, saiu da condição de ser um "futuro Patrick Roy" para se tornar apenas "Jocelyn Thibault".

Colorado Avalanche: Depois de uma temporada tremendamente apagada, Milan Hejduk justifica seu salário e minha escolha. Apesar que coçou o dedo em escolher Adam Foote...

Columbus Blue Jackets: Huummmm... Huuuuuuuummmmmmm... (antes que algum engraçadinho pense algo errado, estou apenas pensando). E agora? Tá, Andrew Cassels. Ele conseguiu ressuscitar Geoff Sanderson e, finalmente, os Jackets têm uma linha perigosa de ataque.

Dallas Stars: Como escolher? Num time com apenas três jogadores com mais/menos negativo, pode-se ter uma idéia do poderio dos texanos. E, para contrariar tudo, divido a escolha entre Mike Modano e Bill Guerin. Nada mais justo.

Detroit Red Wings: Brett Hull e seus quase 700 gols.

Edmonton Oilers: Craig MacTavish. Tá bom, ele não joga na liga desde sei lá quando, mas, se não fosse pelo esquema de jogo dos Oilers, duvido que alguém se destacaria.

Florida Panthers: Conhece este nome? Olli Jokinen? Vamos, tente lembrar. Pense, rebusque em sua mente. Difícil associar a alguma coisa, não? Pois bem: é ele que tem feito o sério Mike Keenan sorrir toda noite, com seus 22 gols.

Los Angeles Kings: Ziggy Palffy, que tem sido uma das poucas fontes ofensivas em Los Angeles. O gato Felix (Potvin)? O Professor, pai do Poindexter, deve ter pegado o dito cujo.

Minnesota Wild: No NHL 2001 e no 2002, da EA Sports, eu tinha certeza: Marian Gaborik viraria estrela. Dito e feito: 23 gols e causando impressões das melhores na liga.

Montreal Canadiens: Já que Théodore está oscilando mais que ponte de filme de Indiana Jones, o capitão Saku Koivu mostra o caminho certo para o cálice sagrado da Stanley Cup.

Nashville Predators: Agora, sim. Essa é difícil! O time vem mal e ninguém realmente se destaca. Talvez o capitão Scott Walker e seus 20 pontos em 25 jogos. Mas, não. Essa, infelizmente, vai passar em branco.

New Jersey Devils: "Defesa de Brodeur!" Esta frase é o que provavelmente os torcedores dos Devils mais têm ouvido. Por isso, mais uma vez: "Que defesa de Martin Brodeur!"

New York Islanders: Apesar de Yashin liderar em pontos sua equipe, aquele mais/menos horroroso faz qualquer técnico ter um ataque cardíaco. Para isso, Michael Peca é a solução.

New York Rangers: Lindros? Bure? Leetch? Messier? Nada disso. Sempre ele, Petr Nedved, o homem do segundo plano. Mas sem problemas, já que ele não liga para isso...

Ottawa Senators: Crise à parte, Marian Hossa e seus incríveis 28 gols seguem implacáveis.

Philadelphia Flyers: Ninguém tem se destacado muito. Jeremy Roenick e sua consistência e longevidade são o que mais se aproxima do merecimento. Ei, não estou desmerecendo os Flyers, hein?

Phoenix Coyotes: Quando se vê Teppo Numminen com péssimos números defensivos, é de se preocupar. Mas Ladislav Nagy vem jogando bem e é uma das boas surpresas dos Yotes.

Pittsburgh Penguins: 68 pontos em 41 jogos. Mario Lemieux. Nada mais a comentar.

St. Louis Blues: 39 anos e ainda jogando muito. Parabéns, Al MacInnis, líder de pontos entre os defensores da liga.

San Jose Sharks: É, por mais que tentem mandá-lo embora, que briguem com ele, Teemu Selanne vem segurando o rojão dos tubarões em São José. Não, isto não foi uma frase com duplo sentido, pegadinha, algo do tipo.

Tampa Bay Lightning: Fácil: Nikolai Khabibulin. Próximo.

Toronto Maple Leafs: Quando a diferença de pontos do maior pontuador para o segundo é 12, fica fácil também. Alexander Mogilny.

Vancouver Canucks: Fácil também. Markus Naslund e seus 31 gols. Próximo.

Washington Capitals: O fato de ser Jaromir Jagr faz com que todos exijam muito de você, inclusive eu. Por isso: Olaf Kolzig, que tem mantido os Caps com alguma chance, fica com a indicação.

Concorda, discorda? Envie-me um e-mail, para que possamos discutir mais. Por discussão, não quero dizer xingamentos, ofensas pessoais ou à senhora minha mãe, está bem?

Fabiano Pereira não é dono da verdade, mas adora uma boa discussão!
 
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Página publicada em 22 de janeiro de 2003.