Por Marcelo Constantino

O título desta matéria ficaria melhor em inglês, mas vamos lá. Os incríveis dez dias que o Anaheim Mighty Ducks ficou parado em plenos playoffs parecem ter esfriado o time. Jean-Sébastien Giguere levou dois gols em 30 chutes e estava fora de posição em ambos.

Conforme todas as previsões, o jogo esteve longe de ser emocionante. Ainda mais para os telespectadores brasileiros que o assistiram de madrugada. Discos sendo mandados para frente, briga por ele nas bordas, etc. Mas em termos de emoção, grandes jogadas, perigo real de gol, grandes defesas, o jogo esteve muito aquém do que é exigido de uma final.

Os lances de emoção ficaram por conta das várias vezes em que os Ducks deixavam os Devils entrarem na defesa em situações de 2-contra-1. Em vão, Giguere defendeu todos. O goleiro do Anaheim falhou num ponto crucial, na jogada do segundo gol. Após defender um chute, Jiggy ficou procurando o disco, que supunha estar à sua frente.

Não estava, e Grant Marshall recebeu passe de Patrik Elias para mandar facilmente para o fundo do gol aberto, sem chances do goleiro se recuperar a tempo. Giguere é culpado pela derrota? Quando um time não faz gol, como vencer?

Muita gente irá dizer que Martin Brodeur dominou o jogo 1, mas a verdade é que ele sequer foi seriamente testado nos parcos 16 chutes que encarou. Quem está quente mesmo é o ex-Duck Jeff Friesen, que mais uma vez marcou o gol da vitória para o seu time e, desta vez, ainda adicionou um gol na rede vazia.

Ele abriu o placar logo no início do segundo período após uma considerável pressão dos Devils sobre o gol do Anaheim. O disco parecia não sair do domínio dos jogadores de branco, até que Friesen aproveitou passe de Sergei Brylin e encontrou espaço entre Giguere e a trave que ele cobria.

No primeiro período Petr Sykora também quase marca contra seu ex-time, mas o disco bateu na trave, no lance mais perigoso que o Anaheim teve na partida.

Sempre sensato, o técnico Mike Babcock declarou que "o tempo sem jogar é uma desculpa. Nós tivemos chance de vencer. Eles foram melhores que nós, entraram com mais vontade. Temos de dar crédito a eles".