Por Alexandre Giesbrecht

Sergei Fedorov no banco? Aconteceu no primeiro período da partida de domingo, contra o Detroit. Mas Fedorov deu a resposta com três pontos, na emocionante vitória dos Ducks sobre os Wings por 8-6. Será que, após 75 jogos, o técnico Mike Babcock finalmente descobriu o que mexe com o temperamental russo?

Os Stars estabeleceram um novo recorde da franquia, mantendo a invencibilidade em casa por 17 jogos (13-0-4). A invencibilidade é a mais longa na NHL desde que o Detroit ficou 19 jogos sem perder em casa, entre 31 de dezembro de 2000 e 7 de abril de 2001.

Na entrevista coletiva do comissário Gary Bettman em Washington, na última quinta-feira, ele rejeitou enfaticamente — mais uma vez — a idéia de que a NHL está prestes a eliminar times: "O Washington Capitals não vai a lugar algum, e a palavra extinção não existe no meu vocabulário ou no da NHL. Qualquer sugestão de que os Capitals ou qualquer outra franquia está de mudança ou prester a encarar a extinção nada mais é do que fofocas irresponsáveis e infundadas."

O atacante Steve Moore, do Colorado, já está andando sem ajuda e esperava receber alta do hospital na terça-feira, apenas duas semanas depois de ter o pescoço quebrado por Todd Bertuzzi, do Vancouver, em um incidente que abalou o mundo esportivo norte-americano. Ainda não se sabe quando — ou se — ele volta ao gelo. Moore deverá usar uma pescoceira por 6 a 12 semanas.

Marc Bergevin, um dos jogadores que melhor sabe fazer ser ouvida sua opinião, foi trocado para o Vancouver um dia depois do incidente envolvendo Todd Bertuzzi. Como se esperava, ele não fugiu das perguntas e disse ao jornal Edmonton Sun que a reputação do esporte foi injustamente manchada: "É injusto nós sermos julgados com base em um incidente. (O hóquei no gelo) é um esporte duro, sem dúvida. É um jogo para homens, bastante emocional, e, às vezes, algumas pessoas tomam decisões baseadas na emoção. Isso foi tudo o que aconteceu.''

Depois de, na sexta-feira, ficar de fora do time pela primeira vez em sua ainda curta carreira na NHL, o central novato Eric Staal voltou aos Hurricanes no dia seguinte, em Ottawa, retomando seu lugar na primeira linha do time, entre Josef Vasicek e Justin Williams. Com 6-2-0-2 em seus últimos dez jogos, os 'Canes parecem mais interessados em tentar brigar pela última vaga nos playoffs do que por um lugar na loteria que daria direito a sonhar com o prospecto russo Alexander Ovechkin. Mas, a esta altura da temporada, parace que nenhuma das duas opções é realista.

Exceções à regra que poucos conhecem foram lembradas por fatos que aconteceram em Pittsburgh no último domingo. Na prorrogação do jogo contra os Rangers, o técnico dos Penguins, Ed Olczyk, tirou o goleiro Jean-Sébastien Aubin durante uma vantagem numérica de quatro contra três, substituindo-o por um atacante extra, segundos antes de Aleksey Morozov marcar o gol da vitória do time da casa. É claro que, numa situação daquelas, não seria muito fácil para os Rangers marcar no gol vazio, mas, se o tivessem feito, os Penguins perderiam o ponto conquistado pelo empate no tempo normal, como estipulado no parágrafo 5 da regra 89. Na briga pela última posição (sim, você leu certo), não seria lá um mau negócio. Só não ficou claro como isso seria apresentado na tabela de classificação.

O outro fato foi a simples presença do gerente geral do Florida, Rick Dudley, nos camarotes da Mellon Arena. Ela foi uma surpresa porque é raro executivos de times estudarem oponentes depois do dia-limite de trocas, mas Dudley explicou que, como ele passou metade da temporada como técnico dos Panthers, ele precisa retomar contato com os executivos dos outros times da liga. Isso nos levou a uma descoberta: você sabia que trocas podem ser feitas depois do dia-limite? Só que os jogadores adquiridos não podem participar dos playoffs.

Em uma decisão no mínimo polêmica, a prefeitura de Ottawa resolveu banir torcedores vestindo a camisa do Toronto no Corel Centre, estádio dos Senators, no jogo contra os Maple Leafs, no próximo dia 3.

Mais uma teoria da conspiração. Muitos ao redor da liga acreditam que os Rangers, que adquiriram os direitos federativos de R. J. Umberger do Vancouver em uma troca no último dia 9, podem não assinar contrato com ele até o prazo final, 1.º de junho. De propósito. Com isso, Umberger tornar-se-ia um agente livre irrestrito e o time de Nova York receberia uma escolha compensatória no próximo recrutamento, a 46.ª no geral. A pegadinha é que, assim que os Rangers tenham assegurado o direito da escolha extra no recrutamento, eles finalizariam o contrato com Umberger, acabando, assim, com um prospecto que lhes agrada e uma escolha como bônus no meio da segunda rodada.