Por: Fernnado Dittmar

Sim, eles voltaram. Não tão dominantes como em anos anteriores, mas com a mesma sina de vitórias com muitas delas lideradas pelas hábeis mãos de Alexander Ovechkin, o novo Washington Capitals já surge como o vice-líder da Conferência Leste brigando cabeça a cabeça pela liderança da Divisão Sudeste com o Tampa Bay Lightning.

Depois da surpreendente eliminação para o Montreal Canadiens nos playoffs da temporada passada, o técnico da equipe, Bruce Boudreau, resolveu adotar um esquema mais responsável defensivamente do que aquele Capitals que constumamos a ver com os cinco jogadores da equipe fungando no cangote do goleiro adversário. O resultado a princípio foi Ovechkin e o time em geral pontuando muito menos do que nos anos anteriores e muitas vezes sem conseguir os resultados esperados, mas levando bem menos gols.

Quando olhamos para os números das últimas temporadas essa melhora no setor defensivo fica evidente. Na temporada regular de 2008-09, quando a equipe levou o título da divisão e acabou caindo mais tarde nas semifinais de conferência para os Penguins, foram 245 gols sofridos (média de 2,98 gols por jogo, a 11.ª pior marca dentre todos os times da liga). Na temporada passada o time foi campeão do Troféu dos Presidentes e consequentemente de sua respectiva conferência e divisão, o desempenho foi um pouco melhor, com 233 gols contra sua meta (média de 2,84 gols por jogo, a 15.ª pior defesa). Nessa atual temporada o time dos Capitals já têm a quarta melhor defesa da liga, até agora foram 176 gols em 72 jogos, média de 2,38 gols por jogo. Será preciso levar quase seis gols por jogo nos dez jogos restantes para serem piores do que na temporada passada e quase sete gols em cada partida que falta para bater o recorde negativo de 2008-09.

Em compensação quem acabou pagando o pato foi o ataque. De quarto melhor em 2008-09 e líder temporada passada, dessa vez os Capitals aparecem apenas em 22.º na categoria, muito por conta dessa queda de rendimento de jogadores importantes no ataque como Ovechkin, Backstrom e Mike Green. Mas aos poucos o cenário vai mudando, a equipe vem com uma média de 3,20 gols por partida nos últimos dez jogos, bem melhor que os 2,67 que a equipe vem tendo em média na temporada. Um dos motivos dessa melhora é o desempenho de Alex Ovechkin, que começou de forma tímida sua temporada e agora já pontua o seu habitual.

Ainda sim talvez o maior desafio de Boudreau tenha sido fazer um time recheado de prospectos dar liga. No total são sete novos jogadores com quem os Capitals já contaram em mais de 6.000 minutos durante toda essa temporada, número até maior que o do jovem time dos Oilers. Neuvirth, que ainda está em sua temporada de novato, ganhou a posição e está fazendo muito bem seu trabalho. Outro que se destaca é o sueco Marcus Johansson, que vindo da liga principal sueca acabou ganhando seu espaço na segunda linha de Washington.

O problema é saber se toda essa juventude fará falta na pós-temporada, época em que o time da capital americana costuma não dar sorte. As adições de Jason Arnott, Denis Wideman e Marco Sturm antes do dia limite de trocas evidenciaram essa preocupação.

Após as nove vitórias consecutivas da equipe no mês de março, Ovechkin declarou que está feliz pelo crescimento do time no momento certo da competição e espera que esse seja o diferencial dos Capitals desse ano para aquele de anos anteriores.

Fernnando Dittmar, quando pode, acompanha os jogos da CHL.

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Página publicada em 21 de março de 2011.