Por: Marcelo Constantino

O San Jose Sharks fazia uma temporada mais-ou-menos até janeiro deste ano. A temporada era, na verdade, decepcionante em virtude das expectativas geradas pelo time nos últimos anos. Sempre entre os favoritos à Copa, sempre com um dos times mais fortes da liga, mas sempre caindo nos playoffs -- geralmente numa hora e de uma forma não esperadas.

Mas esta temporada se desenhava como ruim para o time, que patinava no meio da tabela da Conferência Oeste. E aí veio a primeira quinzena de janeiro, o fundo do poço do time nesta temporada.

Foram nada menos que seis derrotas consecutivas, sendo a última desta sequência uma desagradável paulada de 2-5 frente ao Edmonton Oilers, o pior time da Conferência. Naquele dia 13, o time completava -- além da sexta derrota seguida, algo que não ocorria havia 15 anos -- a sexta derrota seguida jogando em casa. A torcida (a que permaneceu no estádio até o fim, visto que muitos foram embora bem antes) vaiou o time impiedosamente já no fim do segundo período.

Mas ali acabava o calvário do time na temporada. Do jogo seguinte em diante, especificamente do dia 15 de janeiro em diante, o San Jose tornou-se um dos times mais quentes da temporada. Somente o New Jersey Devils é páreo neste ponto.

Foram 23 jogos com um impressionante recorde de 18-3-2 até a partida de quinta-feira, quando só foram derrotados pelo poderoso Vancouver Canucks na disputa de pênaltis -- aliás, foi um jogão, daqueles em que o Vancouver mostrou porque é um dos favoritos do ano, vencendo uma partida em que o adversário (o San Jose) jogou melhor; os dois são os melhores times do Oeste no momento.

Nesse período de aproveitamento de 83%, os Sharks elevaram seu aproveitamento geral de 53% para 63%, empreenderam uma sequência de oito vitórias entre a segunda emtade de feveriro e o começo de março, e tiveram sempre o goleiro Antti Niemi começando no gol (numa das vitórias, sobre o Phoenix Coyotes, Niemi foi sacado do time após levar três gols -- os Sharks permitiram os Coyotes abrir 0-3, mas viraram para 5-3; o novato Alex Stalock estreou na NHL com uma bela vitória). As três derrotas sofridas no tempo normal (contra o New Jersey Devils -- mais quentes ainda na época --, o Florida Panthers e o Dallas Stars) foram todas por um gol de diferença.

De time cambaleante de meio de tabela à posição de um dos favoritos da Conferência, eis a trajetória do San Jose até aqui.

E o New Jersey Devils?
Pegando o gancho na arrancada sensacional dos Sharks, vale lembrar o que anda rolando com os Devils. Há um mês este espaço destacava a ascensão do time, que empreendera uma arrancada de 11-1-2 (85% de aproveitamento). O aproveitamento geral passava dos 40%.

Pois bem, de lá para cá, foram mais 11 jogos. Apenas duas derrotas. O aproveitamento segue acima de 80%, elevando o geral para quase 50% (lembrando: era de 30% até Jacques Lemaire chegar e passou para 40% um mês atrás).

O espetáculo da virada histórica ainda é possível.

Marcelo Constantino recomenda o provocativo “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”.

US Presswire
Logan Couture é cotado para o Troféu Calder desta temporada -- e segue como um dos mais importantes jogadores na temporada de um time que conta com Joe Thornton, Danny Heatley e Patrick Marleau.

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Página publicada em 13 de março de 2011.