Por Brian Cazeneuve

Seria esta uma NHL mais mansa? Na segunda-feira da semana passada, Colby Armstrong, ponta dos Penguins, estava no telefone desculpando-se com Trevor Letowski pela concussão que ele causou no veterando dos Hurricanes ao atingi-lo com um tranco comum duas noites antes. No dia seguinte, o defensor Robyn Regehr, dos Flames, nocauteou o ponta Aaron Downey, dos Canadiens, com um tranco com o gelo livre, o tipo de ocorrência que em dias hoje distantes causaria uma briga envolvendo todos os jogadores. Tudo o que causou foi uma série de incidentes com jogadores se empurrando pelo resto do jogo. Mais duas noites se passaram, e o defensor Dion Phaneuf, também dos Flames, recusou brigar com Wayne Primeau e Zdeno Chara. E hoje em dia, o rufião Tie Domi foi relegado à cabine de transmissão, apesar de, a julgar pelas primeiras repercussões do trabalho de Domi como comentarista da TSN, talvez ele devesse voltar a jogar.

É difícil acreditar que Ray Bourque foi vaiado ao ser apresentado antes do primeiro jogo em casa dos Bruins, contra o Calgary na quinta-feira. Bourque deu duas décadas de seu melhores anos a Boston, uma cidade que ele adotou calorosamente. Ele até levou a Copa Stanley para a Nova Inglaterra, depois de vencê-la ao final de sua carreira, com o Colorado. Ainda assim, alguns torcedores guardam um imerecido ressentimento por causa do desejo de Bourque de tentar ganhar sua primeira Copa em outra cidade, depois que a diretoria dos Bruins passou a tomar medidas de contenção de custos que acabaram com a competitividade do time na segunda metade dos anos 90.

Falando em cerimônias, Matthew Lombardi, do Calgary, poderia querer faltar ao jogo em Boston, a fim de comparecer ao içamento de seu número em Victoriaville. Os Tigers, da Quebec Major Junior Hockey League, içaram o número 10 de Lombardi ao teto da sua arena. O dele é um dos quatro números que os Tigers vão nonrar nesta temporada, incluindo o 42 de P.J. Stock, o 16 de Yves Racine e o 97 de Carl Mallette. O pai de Lombardi, Peter, esteve em Victoriaville para representar Matthew.

Furioso porque alguns de seus comandados estavam sendo muito individualistas, o técnico dos Bruins, Dave Lewis, deu a seu time um treinamento bastante instrutivo na semana passada, escolhendo certos jogadores para jogar um-contra-cinco contra seus colegas, para ilustrar a inutilidade de ser fominha. Lewis também vinha mexendo suas linhas nos treinamentos, tentando achar os mehores encaixes para seus talentosos atacantes. Ironicamente, Lewis disse que a linha que o deixa mais tranqüilo em termos de entrosamente é a quarta, com Jan Stastny, Mark Mowers e Jeff Hoggen. Lewis disse que o trio é "a linha mais consistente do time".

Talvez seja devido ao "swing" parecido de tacos de hóquei e e golfe, mas vários jogadores de hóquei são bons jogadores de golfe. Mats Sundin é uma exceção. Ridicularizado por seus colegas de Toronto por suas jogadas errantes, Sundin recebeu de presente do clube uma viagem para conhecer os campos de golfe da Irlanda como comemoração por ter marcado seu 500.º gol na NHL na semana passada. Os Leafs também envidraçaram o disco e o taco usados por seu capitão para marcar o histórico gol e deram de presente a ele.

O calendário não-balanceado da liga tem seus problemas. Todo jogo entre duas franquias das seis originais costumava ter um clima diferente, mas a visita dos Canadiens ao United Center, em Chicago, foi sua primeira desde 27 de fevereiro de 2002. Pior: apenas 11 mil torcedores foram assistir à vitória dos Blackhawks por 2-1, em um estádio onde cabem 20 mil. Foi a 550.ª vez que os rivais se enfrentaram, e o Montreal tem uma vantagem de 298-148-103-1. O comissário Gary Bettman disse que a liga vai dar uma olhada no formato de calendário durante as próximas férias.

Foram necessários 18 anos e 1.249 jogos, mas o veterano atacante Trevor Linden, dos Canucks, deixou de ser escalado pela primeira vez em sua carreira — contra o Edmonton, na terça da semana passada. Não duvide que Linden, o presidente da Associação de Jogadores da NHL, está para fazer a transição para outro papel significativo em relação ao esporte em um futuro próximo.

Obrigado por nada: os Oilers prestam um tributo especial às estrelas de seus jogos, dando aos jogadores escolhidos jaquetas retrô dos anos 70.

Owen Nolan, do Phoenix, que já esteve entre os principais atacantes de força da liga, marcou o 350.º gol de sua carreira, e primeiro desde março de 2004, na vitória dos Coyotes por 5-2 contra o St. Louis na terça-feira da semana passada.

Mike Morrison, do Phoenix, levou um sério susto na semana passada, quando foi encaminhado ao pronto-socorro para tirar um pedaço de carne preso em sua garganta. Morrison virou motivo de piada entre seus colegas, que brincavam dizendo que precisariam bater suas refeições pré-jogo num liqüidificador, mas o problema é sério — Morrison acredita que seja genético —, e o goleiro já teve problemas anteriores com comidas sólidas que não passaram por seu esôfago.


Brian Cazeneuve é jornalista do site SI.com. O artigo foi traduzido por Alexandre Giesbrecht.


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Página publicada em 25 de outubro de 2006.