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Sabe esse pessoal que você está vendo com um sorriso de canto a canto desde sexta-feira?

Eles são os empresários de jogadores como Marty Turco e Evgeni Nabokov, Rob Blake e Joe Sakic, Wade Redden e Zdeno Chara.

E eles são os homens que vão oferecer esses jogadores aos GGs da NHL que tenham pelo menos uns US$ 6 milhões extras no bolso.

A grande notícia advinda da reunião do Comitê Gestor da NHL na quinta-feira, foi que a estimativa de receita da liga está aumentando bem além das expectativas iniciais. Como resultado, o teto salarial no próximo ano pode ser aumentado para algo entre US$ 40 milhões e US$ 45 milhões.

Os números finais ainda estão muito longe de ser determinados, e podem facilmente acabar mais próximos da estimativa mais baixa. Afinal de contas, é possível que a estimativa mais alta esteja sendo ventilada para tranqüilizar jogadores que ainda estejam se remoendo a respeito dos pagamentos de caução que têm sido forçados a fazer.

Se realmente for a estimativa mais baixa, então não é lá uma grande notícia. Mas se os números finais chegarem mais perto de US$ 45 milhões, vamos ver mudanças interessantes no modo como os negócios são feitos na NHL.

Em primeiro lugar, considere o impacto nesses agentes livre. É verdade que os salários não podem aumentar muito, mas o teto individual pode subir de US$ 7,8 milhões para US$ 9 milhões. E, apesar de não haver por aí que vão ganhar uma fatia desse tamanho — os proprietários aprenderam com os erros do passado, como Bill Guerin e Bobby Holik, não aprenderam? —, você vai ver muito movimento no meio, onde o cara que teria embolsado US$ 3 milhões no verão passado vai pedir US$ 5 milhões em 2006.

E ele pode até conseguir esse dinheiro.

Como todo esse novo dinheiro para brincar, haverá muitos GGs prontos para abrir o cofre. Sim, prepare-se para ver os gastadores de sempre — Leafs, Red Wings, Flyers, Avs — mais uma vez fazer uso de suas carteiras mais gordas e do novo teto para reconquistar a vantagem competitiva que eles perderam por uma temporada inteira com o novo acordo coletivo de trabalho.

No curto prazo, talvez vejamos times encarando o mercado de trocas entre a metade e o final da temporada com um ponto de vista ligeiramente diferente. Ainda estarão sujeitos ao teto salarial desta temporada, mas saberão que terão mais liberdade no ano que vem, e provavelmente além.

Isso pode significar que jogadores com contratos que pareciam onerosos sob um teto salarial de US$ 39 milhões pareçam muito menores sob outro de US$ 45 milhões. E isso pode significar que jogadores de destaque como Glen Murray, do Boston, que tem ainda três anos de contrato a US$ 4 milhões cada um. , vão se tornar mercadorias muito mais atraentes perto da data-limite de trocas.

Isso tudo ainda é especulação até os números finais. Mas só a idéia de um teto mais alto deve influenciar os meses restantes da temporada. E vai manter aqueles empresários sorrindo.

Reação dos Penguins
Meu artigo sobre destinos em potencial para o Pittsburgh Penguins (ver artigo) inspirou uma avalanche de e-mails, alguns deles até publicáveis...

Mills, de Villanova, Pennsylvania, não gostaria de ver a NHL em Houston, mas tem uma sugestão para o novo apelido do time se os Pens acabarem lá: os Brrrrritos. Digitar isso dói ainda mais do que doeu quando eu li.

Sam, de Milwaukee, lembra-nos que uma tentativa local provavelmente encontraria um obstáculo no avarento dono dos Hawks, Bill Wirtz. Quando Milwaukee foi considerada como potencial cidade de expansão em 1992, Wirtz exigiu um pagamento de US$ 100 milhões para deixar o time invadir o território do Chicago, rapidamente matando o embalo da oferta. É tão pouco provável que alguém se disponha a pagar essa conta hoje do que era naquela época.

E este breve pensamento é cortesia de Sam, de Nova York: a única certeza nessa situação é que o dia em que os Pens se mudarem é o dia em que vão começar os rumores de que algum time vai se mudar para Pittsburgh.

Ó, que dor nas costas!
A torcida dos Blackhawks tem de estar impaciente — seis semanas se passaram, e ainda não há sinal de melhora no estado do craque em potencial Tuomo Ruutu.

O raçudo ponta finlandês está sem condições de jogo graças a problemas nas costas que o mantêm longe dos patins desde 2 de novembro. Não há previsão sequer para quando ele voltará a patinar, quanto mais voltar ao gelo.

Com apenas 22 anos, não há motivo para acreditar que sua carreira esteja ameaçada. Ainda assim, como qualquer pessoa com problemas nas costas pode atestar, esse tipo de dor não melhora, apenas se torna tolerável. Não me arrisco a prever como isso pode impactar o estilo de jogo agressivo de Ruutu quando ele finalmente voltar a jogar e se ele conseguirá manter a produtividade.

Possível, não provável
Um efeito colateral imprevisto das novas regras? Um dos maiores recordes não-oficiais agora é quebrável.

Na noite de Réveillon de 1988, Mario Lemieux marcou um gol de cada um dos jeitos possíveis contra o New Jersey Devils. Ao longo de uma de suas atuações mais magníficas, Lemieux marcou no cinco-contra-cinco, em vantagem numérica, em desvantagem numérica, de pênalti e, finalmente, num gol vazio.

Com a adição da decisão por pênaltis, agora é possível marcar de um sexto jeito — mas não conte com a marca de Mario ser igualada, quanto mais quebrada.

Eu apostaria em alguém quebrando o recorde de Joe Malone de sete gols num jogo — ou na neta de Sidney Crosby atuando como cenral pelo Winnipeg Jets — antes de apostar na queda da marca de Lemieux.

Muitos o consideram acabado, mas está certa a convocação de Brian Leetch para o time olímpico dos EUA. Com média 26 minutos de gelo por jogo pelos Bruins — maior média entre zagueiros americanos —, ele é uma sólida influência naquele jovem time, o que vai ser bastante útil numa seleção que também é inexperiente.

Fique de olho no sólido ponta Dustin Penner, do Anaheim. Aos 23 anos, ficou de fora dos últimos três jogos, mas mostrou velocidade e criatividade no ataque ao marcar quatro pontos nos seus seis primeiros jogos. Se lhe for dado tempo para amadurecer e desenvolver um jogo mais consistente, especialmente longe do disco, ele pode se tornar presença imponente no ataque dos Ducks.

Um dos motivos para o sucesso do Dallas Stars? O time tem campanha de 6-0 no segundo jogo de dias consecutivos.


Alan Muir escreve para o site SI.com. Texto traduzido por Alexandre Giesbrecht.
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Página publicada em 21 de dezembro de 2005.