Anaheim Ducks
2006-07: 48-20-14 (2.° no Oeste, campeão da Copa Stanley).
Quem chegou: P Todd Bertuzzi, D Mathieu Schneider, G Jonas Hiller.
Quem saiu: P
Dustin Penner, D Ric Jackman, P Teemu Selanne, D Scott Niedermayer.
Brian Burke tem um
objetivo na vida: ganhar
a Copa Stanley.
De novo. Desde que recebeu a
missão de montar o Anaheim,
ele tornou o time uma das
franquias mais habilidosas
na ponta da caneta. O princípio
parece ser um só: um
time forte psico-física-tecnicamente.
E, para 2007-08, a
vantagem numérica vai continuar
sendo o ponto forte do time. Teemu Selanne e Scott
Niedermayer não estão mais
no gelo, mas Burke fez o que
pôde para substituir os dois à
altura. Para reforçar o ataque,
foi a Detroit trazer um perdido
Todd Bertuzzi, que não
encontra sua melhor forma
desde os acontecimentos
com Steve Moore em Denver,
há três anos. Mark Mowers,
central, veio de Boston. E o
menino Bobby Ryan, o número 2 no recrutamento de Sidney
Crosby, finalmente sobe ao
time principal — uma das estréias
mais esperadas pela
torcida, com direito ao primeiro
gol do rapaz, na derrota por
4-1 para os Kings, na abertura
da temporada, em Londres. E o
intimidador Brad May teve seu
contrato para fazer o serviço
sujo renovado por mais dois
anos — disso os Ducks gostam.
Para reforçar a defesa, Burke
subiu Aaron Rome do Portland
Pirates e trouxe Joe Callahan
do Phoenix Coyotes, Shane
Hnidy do Atlanta Thrashers
e, talvez o melhor reforço,
Mathieu Schneider do Detroit
Red Wings, além de assinar
o contrato de Joe DiPenta,
que participou da campanha
do título. Ou seja, o recesso
foi movimentado em Anaheim,
e veremos novamente um
time muito combativo no rinque,
que vai derrubar qualquer
adversário em desvantagem
numérica. Burke quer, de
novo, a Copa. Nos jogos de pré-temporada,
o atual campeão
venceu três e perdeu quatro,
sendo um na prorrogação.
Os adversários na preparação
foram Sharks, Kings, Coyotes
e Canucks.
Dallas Stars
2006-07: 50-25-7 (6.° no Oeste, eliminado na primeira fase pelo
Vancouver).
Quem chegou: P Todd Fedoruk.
Quem saiu: D Jon Klemm,
P Ladislav Nagy, C Patrik Stefan, D Darryl Sydor.
Depois de passar algumas
temporadas
sem fazer grande
alarde, os Stars parecem dispostos
a tomar de volta o que
crêem ser seu por direito: o
trono no Pacífico. E a melhor
forma de brigar com alguém do
tamanho (atual) do Anaheim é
ser alguém do tamanho (atual)
do Anaheim. Então, força e
habilidade são as palavras de
ordem no Texas. Para o ataque,
o reforço é Todd Fedoruk — que
deixou de ser campeão com
os Ducks para afundar com
os Flyers em 2006-07. Subiu o
jovem Junior Lessard, que
defendeu o Iowa Stars na última
temporada; e vieram Brad
Winchester e Toby Petersen
do Edmonton Oilers, sendo o
segundo num contrato de duas
vias. Para a defesa, o principal
reforço é Nolan Baumgartner,
mais um a vir da Filadélfia.
Junto com ele, sobem os russos
Vadim Khomitski, que agradou
após uma bela campanha com
o Iowa, e Ivan Vishnevskiy, 27.ª
escolha geral de 2006. Com o
contrato de Sergei Zubov estendido
por mais um ano, há
um belo trio russo na defesa
texana. Outra novidade
em Dallas é a filiação de mais uma franquia menor, o Idaho
Steelheads, da ECHL. A mescla
entre veteranos e novatos — uma série de contratos de
duas vias foi assinada, como,
por exemplo, o central norueguês
Marius Holtet — mostra
que os Stars estão de olho
na renovação. Por ora, o que
se pode fazer é juntar quem
chegou a Mike Modano, Mike
Ribeiro, Stu Barnes, Joel
Lundqvist e Brenden Morrow, e ver o que eles podem fazer
pela franquia. Mas, na minha
opinião, a grande novidade
em Dallas é a não-renovação
do contrato de Eric Lindros,
que mais uma vez há de navegar à deriva entre os agentes
livres. Meu palpite é o de sempre:
Dallas brigando no topo
com Ducks e Sharks. Mas não
sei se as mudanças durante o
recesso serão suficientes para
colocá-los no páreo pela Copa.
Los Angeles Kings
2006-07: 27-41-14 (14.° no Oeste, não foi aos playoffs).
Quem chegou: P Kyle Calder, P Ladislav Nagy, C Michal Handzus, D Jon Klemm,
D Tom Preissing, D Brad Stuart.
Quem saiu: D Aaron Miller, G Mathieu
Garon.
Para juntar-se aos
bons jogadores
do Leste Europeu
Raitis Ivanans, Alexander
Frolov e Anze Kopitar, os
Kings trouxeram mais bons
nomes das imediações: o eslovaco
Michal Handzus chega
após uma temporada ruim
em Chicago em que disputou
apenas oito partidas, e seu compatriota Ladislav Nagy, a
melhor contratação ofensiva
dos Kings, que veio dos Coyotes
para certamente formar uma
bela dupla com Kopitar. Kyle
Calder, mais um que jogou
pouco na última temporada,
veio dos Wings, fechando o
cerco de ataque. Para a defesa,
finalmente deveremos ver
Jack Johnson decentemente no gelo. O menino só jogou cinco
partidas na temporada passada
e agora deve mostrar
melhor seu jogo — para quem
não o conhece, Johnson é o "número 3" do recrutamento
de 2005, sendo escolhido pelo
Carolina Hurricanes logo abaixo
de Sidney Crosby e Bobby
Ryan, e mais tarde foi envolvido
em transação com os
Kings. A defesa também ganhou
o apoio de Tom Preissing,
vindo dos Senators, e de Brad
Stuart, que na temporada
passada rodou por Bruins
e Flames. Ou seja, um Los
Angeles Kings visivelmente
mais forte: a prova disso são
os 4-1 impostos sobre os Ducks
no jogo de abertura da temporada
(muito embora o time de
Anaheim tenha devolvido os 4-
1 na partida seguinte). Não dá
para pôr os Kings como favoritos,
ainda, e não acredito que a
franquia chegue à pós-temporada,
embora eu ache que ela
certamente brigará até o final.
Mas esse é um time de dar esperanças
aos seus torcedores.
Ainda demorará um pouquinho,
mas o Los Angeles ainda dará
muito o que falar na NHL.
Phoenix Coyotes
2006-07: 31-46-5 (15.° no Oeste, não foi aos playoffs).
Quem chegou: G David Aebischer, P Radim Vrbata, C Mike York.
Quem saiu: P Owen
Nolan, C Jeremy Roenick.
Dentre os clubes do
Pacífico, certamente
o Phoenix Coyotes
foi o que fez as contratações
menos badaladas — e, certamente,
também as mais fracas,
o que deve acarretar em uma
nova temporada de pesadelos
para o técnico Wayne Gretzky.
Apesar de tudo, a movimentação
foi grande no quente
estado do Arizona. Os reforços
começam lá atrás: David
Aebischer, que não convenceu
em Montreal tanto quanto não
havia convencido em Denver,
vestirá a camisa 1. Além dele,
vem também para o gol Alex
Auld, que jogou pelos Panthers
na temporada passada. O torcedor
do deserto também terá
uma oportunidade melhor de
conhecer o defensor Brendan
Bell, que na última temporada
jogou apenas 14 partidas.
Houve ainda a contratação
de Craig Weller, que jogou as
quatro últimas temporadas
pelo time de baixo do New
York Rangers. Também foram
renovados os contratos de
Keith Ballard e Matt Jones, e
Ed Jovanovski foi mantido.Na frente, poucas novidades
relevantes. Bill Thomas e Josh
Gratton tiveram seus contratos
renovados, e o jovem ponta
esquerda Tomas Surovy, que já
defendeu os Penguins e estava
no Linköpings HC, da Suécia,
foi contratado. Também
vêm o jovem central Peter
Mueller, fenômeno do Everett
Silvertips, da WHL, Matt
Murley, que também já passou
pelos Penguins na época das
vacas magras, Michael York,
que teve sua chance nos dois
times de Nova York e jogou a última temporada pelos Flyers,
e o jovem Joey Tenute. Ou seja,
só nomes que ou são muito
velhos ou definitivamente
vieram e não convenceram na
NHL. Também é impressionante
a quantidade de meninos
com quem os Coyotes assinaram
e depois mandaram
para o time de baixo. Ah, e
os 'Yotes perderam Jeremy
Roenick, Ladislav Nagy e Joe
Callahan. Resta saber se tudo
isso é, de fato, perspectiva de
futuro ou desespero. Voto e,
sinceramente, espero que seja
a primeira opção.
San Jose Sharks
2006-07: 51-26-5 (5.° no Oeste, eliminado na segunda fase pelo
Detroit)
Quem chegou: D Brad Norton, C Jeremy Roenick, D Alexei
Semenov
Quem saiu: P Mark Bell, P Bill Guerin, D Scott Hannan, G
Vesa Toskala.
Qual será a novidade
do momento em
San Jose? A contratação
de Jeremy Roenick
ou o novo e estilizado logo que
o time passa a usar? Piadinhas à parte, os Sharks agora têm
os Ducks engasgados: desde o
ocaso dos Kings, com a saída
de Gretzky, a franquia de San
Jose tornou-se o time favorito
da Califórnia. Sempre com boas
apostas, bons jogadores e boas
perspectivas. Mas aí vieram os
Ducks aos poucos tomando seu
lugar. Para não ficar para trás,
resta montar um time tão competitivo
quanto o Anaheim. Ao
invés disso, os Sharks tentam "aquela" mescla de veteranos e
jovens. E se o reforço de peso
na frente foi Roenick, para a
defesa veio Alexei Semenov — e ambos têm o dever de apagar
as fracas passagens que
tiveram, respectivamente, por
Coyotes e Panthers. As renovações
também fizeram parte
das prioridades do San Jose
para 2007-08, e, claro, as principais
foram Joe Thorton e o
capitão Patrick Marleau, além do defensor Rob Davison. Há
um batalhão de garotos que
sobem das ligas menores: o
jovem goleiro cazaque Dimitri
Patzold, os ponta esquerdas
Craig Valette e Thomas Plihal,
o ponta direita Tom Cavanagh
e os centrais Riley Armstrong
e Mike Iggulden, e o defensor
Brennan Evans, que teve rápida
passagem pelos Flames. Brad
Norton, que teve suas chances
nos Kings, nos Panthers,
nos Capitals, nos Senators e
nos Wings, também é cara
nova. Deixam San Jose Grant
Stevenson, Bill Guerin e Scott
Hannan. E qual a diferença do
que fizeram Coyotes e Sharks?
Primeiro, os Sharks têm um
bom time e podem fazer a mescla;
segundo, os Sharks vêm de
boas temporadas; e, terceiro,
puxaram Roenick dos próprios 'Yotes. Em San Jose, ele pode
melhorar e certamente não
fará a temporada que fez em
Phoenix. Pode não ser um timaço
como o dos Ducks, mas
acredito que teremos, de novo,
os Sharks no páreo pelo título
da divisão.