Por: Marcelo Constantino

O dia-limite de trocas da NHL é no final deste mês e já temos algumas figuras carimbadas que inevitavelmente serão negociadas, outras que possivelmente serão e, como sempre, aqueles que não passaram de meros boatos. De qualquer forma, listamos aqui dez dos mais cogitados para mudar de clube daqui até o dia-limite.

Mats Sundin (Toronto)

Quem não quer Mats Sundin? Qualquer time que se preze deverá estar atento às movimentações gerais para cima do capitão do combalido Toronto Maple Leafs. A cláusula que impede sua troca será certamente abdicada pelo jogador assim que vislumbrar a possibilidade de ir para um time que dispute a Copa. E o estigma de intocável certamente cairá para a gerência assim que as ofertas chegarem. Sem Sundin o Toronto passa a ser um forte competidor pela primeira escolha do próximo recrutamento, o que vem a calhar com o desastroso momento do time.

Brian Campbell (Buffalo)

Depois de perder Daniel Briere e Chris Drury e de assinar com Thomas Vanek por um salário digno de estrela de primeiríssima grandeza, acredito que a gerência dos Sabres não vai vacilar novamente: vai buscar o máximo de retorno por Brian Campbell, antes que ele saia de graça no fim da temporada. E assim sobra mais dinheiro para pagar outros US$ 10 milhões a qualquer outro jogador mediano.

Marian Hossa (Atlanta)

Sabe-se lá o que acontecerá com o Atlanta nesses meses finais de temporada. O problema é que a decisão quanto a Marian Hossa deverá ser tomada nas próximas semanas. Hossa é um excelente atacante, dos grandes goleadores da NHL atualmente, e certamente atrai uma penca de interessados. Isso esbarra na propensão dos Thrashers em renovar contrato com ele, o que vem se arrastando há algum tempo. Há sérias dúvidas também sobre se Hossa efetivamente quer continuar em Atlanta. No fim das contas, se o jogador seguir embromando as negociações, restará à gerência dos Thrashers a decisão: apostar na corrida pelos playoffs e num final feliz futuro ou mandar tudo pelo ares e tentar obter o máximo de retorno pelo craque.

Alex Tanguay (Calgary)

O problema com Tanguay é a dificuldade em encontrar um time que aceite arcar com os US$ 5,375 milhões que ele receberá no próximo ano. Agora, querer o jogador, vários certamente querem. Rumores indicam que os Flames já vêm tentando negociá-lo ao longo da temporada, mas não estão conseguindo um bom preço em retorno.

Rob Blake (Los Angeles)

Ainda que em final de carreira, Rob Blake desperta muito interesse ao redor da liga. Ele teria de abdicar da cláusula que proíbe sua negociação, o que não será problema - desde que o time em questão seja um real concorrente ao título. A essa altura da vida Blake não sairá de Los Angeles para uma simples aventura. Para os Kings, o que vier em troca será bem-vindo.

Miroslav Satan (New York Islanders)

Outro jogador que tem cláusula impeditiva de troca, Satan provavelmente abdicaria dela se fosse para jogar num time de ponta. Os Isles, mais uma vez em franca decadência e sem qualquer perspectiva além de conseguir chegar aos playoffs, certamente o negociariam. E certamente Satan atrai atenção na liga: trata-se de um belo goleador de segunda linha. Para times precisando de gols, eis uma boa barganha.

Dan Boyle (Tampa Bay)

Boyle fez uma tremenda temporada no ano passado e me parece certo que o Tampa Bay quer mantê-lo. Mas é o último ano de contrato dele, e o time faz uma campanha patética. Ou seja, são ótimos motivos para uma negociação, ainda que a tal cláusula impeditiva também esteja presente aqui. Boyle só fica se realmente quiser.

Patrick Marleau (San Jose)
Colocar Marleau nesta lista é uma aposta desta coluna. A verdade é que não é comum uma queda de produtividade tão abrupta e relativamente rápida como a dele, e isso certamente afeta até mesmo o interesse de outros times. Os Sharks buscam um defensor e o capitão poderá entrar na roda, se for o caso.

Vaclav Prospal (Tampa Bay)

Jogador bom, em momento bom, e ainda por cima em time ruim. Isso é equação quase perfeita para negociação. Prospal é um atacante versátil e que marca gols (tem mais de 20 nesta temporada), receita certa para ter uma fila de times pretendentes. O Lightning, na posição em que está, não deve fechar a porta para boas ofertas.

Sergei Fedorov (Columbus)

É verdade que Fedorov está muito aquém do que já foi, já na casa dos trinta e tantos anos de idade e jogando num time que sequer chega aos playoffs. Parece-me nítido também que falta a ele alguma motivação maior, o que poderá ressurgir se ele for negociado para um time com reais chances de título. Ele não vai fazer e acontecer, mas um Fedorov motivado certamente ajudará qualquer equipe precisando de mais velocidade, melhor jogo defensivo, experiência e posse do disco.

Outros:
Adam Foote (Columbus) — Times fariam fila, mas não está claro que ele queira sair, muito menos que o Columbus queira se livrar.

Barret Jackman e Bryce Salvador (St. Louis) — Defensores sempre são valorizadíssimos no dia-limite, ainda mais com o estilo desses dois. Porém, ambos devem permanecer com os Blues.

Michael Peca (Columbus) — Eu considero Peca um jogador um tanto sobrevalorizado, não consigo enxergar o motivo de tanta onda que já se fez na NHL por ele. Trata-se, no entanto, de um belo jogador defensivo, e, justamente por isso, tem seu valor para um time precisando de um bom e completo central. Vai depender mais das chances do Columbus.

Marcelo Constantino recomenda "A vida dos outros".
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Quem não quer Mats Sundin no seu time?
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Como defensores sempre são muito valorizados no dia-limite (e nas semanas anteriores), Rob Blake poderá ressurgir no mercado.
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Página publicada em 13 de fevereiro de 2008.