Como já é tradicional na TheSlot.com.br, eis os
pitacos dos integrantes da equipe para os confrontos das finais
de conferência dos play-offs de 2006 da NHL.
Carolina
Hurricanes (2.º)
Buffalo
Sabres (4.º)
52-22-8
52-24-6
Confrontos
na temporada: Carolina 3-1
Nos
últimos 30 dias da temporada: 1-1
Confrontos
em séries de playoffs: primeira vez
Série
mais recente: nunca se enfrentaram
Alessander Laurentino — Os Sabres passaram
com certa facilidade pelo forte Ottawa Senators na fase anterior
com uma vitória por 4-1 na série, porém todas
as vitórias foram por apenas um gol de diferença
e três delas vieram em prorrogações. Enquanto
isso, os ‘Canes despacharam o todo poderoso e experiente
New Jersey Devils por inacreditáveis 4-1, com direito a
um humilhante 6-0 na abertura da série. Com vitórias
por 4-1 em suas séries, tanto Sabres como ‘Canes
fizeram por merecer a vaga na final da Conferência Leste
e sem dúvida alguma foram os melhores times do leste, pelo
menos quando vale de verdade: nos playoffs. Assim como os Sabres,
o time da Carolina possui como característica de jogo a
velocidade e a capacidade de obter pontos de todas as suas linhas.
Some-se a isso as brilhantes e milagrosas atuações
de dois goleiros até então desconhecidos ou criticados
(Cam Ward, nos Canes, e Ryan Miller, nos Sabres), e você
tem a receita certa para um time vencedor. O problema para um
deles é que existe apenas uma vaga na finalíssima
da Copa Stanley, então um dos dois vai assistir a disputa
do mais antigo troféu pela televisão.
Nos Sabres destacam-se Chris Drury e Daniel Briere, além
de J.P. Dumont. Nos Canes tem que ser ressaltado o desempenho
acima da média de Rod Brind'amour e de Eric Staal,
que continua liderando os Canes na tabela de artilheiros com cinco
gols e dez assistências em onze partidas disputadas.
Buffalo 4-2
Alexandre Giesbrecht — Se você é fã do hóquei veloz e ofensivo, esta série provavelmente está sob medida para você. São dois dos times mais rápidos da liga e dois times que esquentaram na hora certa, especialmente os Canes, em quem poucos apostavam contra os Devils. A vantagem dos Sabres está na variedade: 20 dos 21 jogadores mar-caram ao menos um ponto nos playoffs. A dupla principal de zaga, com Henrik Tallinder e Toni Lydman limitou os perigosos Jason Spezza e Dany Heatley, do Ottawa, a apenas seis pontos na fase anterior. Os Canes entram com um goleiro em grande fase (a média de gols sofridos de Ward é de 1,77 por jogo, com 93% de defesas). Os Canes só che-gam à final se ele mantiver esses números — e se Brind'Amour continu-ar a ser um verdadeiro mago dos face-offs. Buffalo
4-3
Daniel Novais
— Velocidade se combate com... bem, até pouco tempo atrás aqui poderia ser dito: pancadaria, violência, as populares "traps" etc. Mas no perfil atual, a solução parece ser combater com ainda mais velocidade. E é isso que essas duas franquias têm de sobra. A outra característica comum é a profundidade das duas equipes. Mas, no fim, ainda acredito mais nos Sabres, por me parecerem mais sólidos e preparados para a longa caminhada, além de serem mestres em jogos apertados. Buffalo
4-2 Marcelo Constantino — São dois ótimos
conjuntos que possuem dois ótimos goleiros novatos e dois
ótimos técnicos. Final de conferência equilibradíssima,
depois de ambos os times superarem candidatos à Copa em
(surpreendentemente) apenas cinco jogos. Ambos fizeram sólidas
temporadas, ambos têm um corpo defensivo eficiente embora
sem estrelas. Ou seja, ambos são parecidos e acredito que
praticamente não há vantagem para qualquer lado.
Aposto nos Hurricanes exclusivamente por terem jogadores com mais
experiência em playoffs. Carolina 4-3 Igor Vasconcelos — Mesmo com Drury, Pominville,
Miller, Briere, Afinogenov & cia, acho que os Sabres não conseguirão
barrar os quentíssimos Hurricanes, que foram verdadeiros furacões
contra os Devils. No lado da Carolina do Norte, temos Staal jogando
como gente grande, Brind'Amour em pós-temporada digna de Conn
Smythe, além daquele mocinho que está fechando o gol como ninguém!
Quem? Cam! Carolina 4-2
Anaheim
Mighty Ducks (6.º)
Edmonton
Oilers (8.º)
43-27-12
41-28-13
Confrontos
na temporada: Edmonton 4-0
Nos
últimos 30 dias da temporada: Edmonton 1-0
Confrontos
em séries de playoffs: primeira vez
Série
mais recente: nunca se enfrentaram
Alessander Laurentino —
Depois de 14 anos os Oilers voltam a disputar as semifinais da
Copa Stanley. Novamente o caminho não foi fácil.
Para chegar até aqui os Oilers tiveram que eliminar o melhor
time da temporada regular (Detroit Red Wings) e em seguida tiveram
que bater um dos melhores times do final da temporada regular
(San Jose Sharks). A série contra os Sharks começou
como um pesadelo. Depois de sair 0-2 na série, o time de
Edmonton venceu quatro consecutivas com duas impressionantes vitórias
por 6-2 sobre os fortes Sharks e fecharam a série no jogo
6 em casa com direito a shutout. Os destaques dos Oilers nos playoffs
têm sido o sólido Chris Pronger, Ryan Smyth e Shawn
Horcoff. No outro lado está o surpreendente time da Califórnia,
que, depois de suar a camisa para bater os Flames na primeira
fase, simplesmente atropelou o Colorado Avalanche, varrendo-os
dos playoffs, com direito a dois shutouts e uma humilhante abertura
de série com vitória por 5-0. O excelente desempenho
de Ilya Bryzgalov, a inacreditável marca de Joffrey Lupul
e a consistência no jogo de Teemu Selanne, Todd Marchant
e Scott Niedermayer têm sido fundamentais para o sucesso
dos Patos e certamente será a peça chave para qualquer
esperança dos americanos de chegarem novamente à
finalíssima da Copa Stanley. Edmonton
4-2 Alexandre Giesbrecht — Enquanto
no Leste tudo vai ser decidido na base da velocidade, aqui a coisa
vai ser mais tradicional — física e defensiva a mais
não poder. Ambos os times têm equipes de desvanta-gem
numérica que estão pegando fogo, mas na vantagem
numérica só os Oilers têm mantido a regularidade.
Se nos times especiais a vanta-gem é do Edmonton, no gol
certamente é do Anaheim de Ilya Bryzgalov (média
de 0,87 gols sofridos por jogo nos playoffs). Para os Oilers te-rem
uma chance, Michael Peca, Smyth e Raffi Torres terão de
se man-ter como ameaças, e Ales Hemsky, que só marcou
um gol na série contra os Sharks, terá que voltar
a produzir. Aposto nos Ducks; o séti-mo jogo é cortesia
da boa campanha dos Oilers, que já queimaram minha língua
duas vezes até aqui. Anaheim 4-3
Daniel Novais — A verdade é que sim, os Ducks são favoritos. Estão mais descansados e eliminaram com facilidade seu adversário da fase préanterior. Mas vou torcer fortemente para os Oilers, por me parecer a melhor final para a NHL. Os Oilers têm tudo de que um time precisa neste momento: um goleiro em alta, uma defesa (bem) comandada por Pronger e atacantes com experiência em lidar com a pressão (Peca). Os Ducks surpreenderam atropelando seus adversários, graças a Bryzgalov. Mas, acredito, este é o fim da estrada para eles. Edmonton
4-1 Marcelo Constantino — É ou não
é um barato uma final de conferên-cia entre o sexto
e o oitavo colocados? Aliás, será que um oitavo
colo-cado finalmente conseguirá chegar à final da
Copa Stanley? Não vai ser nada fácil — aliás,
desde quando alguma final de conferência pode ser fácil?
—, mas os Mighty Ducks levam vantagem no confronto: tudo
que o time canadense tem, os Patos têm um pouco mais e melhor.
Com ambas as equipes tendo vencido quatro jogos consecutivos nas
semifi-nais, eis um encontro que deve pegar fogo. Ahaneim
4-2 Igor Vasconcelos — Pra mim, totalmente
indefinida. Provavelmente apenas os próprios torcedores
acreditavam que os dois times chegariam até aqui. No gol,
Bryzgalov tem sido “savesational” (como diria o narrador
do NHL de computador). Roloson também, garantindo a chegada
do time à final depois de um belo shutout no jogo derradeiro
contra os Tubarões. Na defesa, Niedermayer vem justificando
sua contratação, mostrando do que é capaz.
O mesmo pode-se dizer de Chris Pronger, melhor jogador do Edmonton
nestes playoffs. No ataque, Ryan Smyth e Shawn Horcoff, de um
lado, contra Teemu Selanne e Joffrey Lupul de outro. Para mim,
este será o ponto de um pequeno desequilíbrio em
favor dos Ducks. Smyth é um craque? É. Mas Selanne
é melhor. Horcoff é um bom jogador? É. Mas
Lupul, que já havia se destacado na temporada pré-locaute,
deu as caras de vez contra os Avs, entrando para a história
da NHL ao marcar quatro gols em uma única partida.
Anaheim 4-3
VAI UMA OITAVA?
Oitavo colocado na Confe-rência Oeste, o Edmonton
Oilers chega à final de Conferência. Conseguirá
chegar à final da Copa Stanley? (Dave Sandford/Getty
Images - 17/05/2006)