Por: Thiago Leal

O que dizer de Peter Stastny?

Bom, certamente tudo que se tinha a dizer a respeito deste tchecoslovaco já foi dito, e eu seria no mínimo redundante em dedicar linhas ao cidadão — por mais que ele as merecesse.

No entanto, o ex-jogador da NHL, autor de 1.239 pontos na liga e eterno símbolo do saudoso Quebec Nordiques tem motivos de sobra para continuar orgulhoso. Seu sangue continua sendo derramado nos rinques da América — dessa vez, no entanto, não sai diretamente de suas veias, mas sim de suas crianças. Paul e Yan Stastny tentam dar continuidade a herança de uma das mais prolíficas famílias do esporte.

Yan Stastny
Nascido em Quebec, fruto da época que o pai defendeu os Nordiques, e criado em St. Louis — o que lhe garante cidadania americana —, devido a passagem do mesmo pelos Blues, Yan foi recrutado com a 259.ª escolha em 2002 pelo Boston Bruins. Na época, o menino mais velho de Peter jogava pela Universidade de Notre Dame e marcava uma quantidade razoável de pontos nas temporadas que disputou.

Antes de estrear na NHL, Yan jogou duas temporadas na DEL, a Liga Alemã, ambas pelo Nurnberg Ice Tigers, além de defender a Seleção dos Estados Unidos no Campeonato Mundial de 2005, até retornar à América. Quando pisou novamente na Terra da Liberdade, se viu em um time diferente. Yan fora trocado pelos Bruins junto ao Edmonton Oilers por uma escolha de quarta rodada.

Na temporada 2005-06, Yan passou a maior parte do tempo em Iowa, jogando pelos Stars, equipe menor da AHL filiada ao Dallas Stars. O final da temporada ainda serviu para que o garoto desse suas primeiras patinadas na NHL, com os Oilers. Mas foram apenas três jogos, e logo o rapaz foi envolvido em nova troca. Foi mandado de volta para Boston, junto com Marty Reasoner e mais uma escolha de segunda rodada, na aquisição de Sergei Samsonov. Novamente em Boston, Yan marcou um gol e assinalou três assistências em 17 breves participações.

Pela temporada atual, Yan dividiu seu tempo entre o Boston e o menor Providence Bruins da AHL. Apesar do bom rendimento em Providence, o retorno não se repetia na NHL e os Bruins, na urgência de montar um bom time para as temporadas seguintes, cedeu Yan aos Blues.

Yan está com o afiliado menor do St. Louis, o Peoria Rivermen, e espera ser chamado para o time principal. Tem uma boa média de pontos, 24 em 28 jogos. Mas vai precisar de mais disposição se quiser honrar o nome da família.

Paul Stastny
Este sim é o orgulho do papai!

Assim como o irmão três anos mais velho, Paul nasceu em Quebec e foi criado em St. Louis, também possuindo cidadania americana. No entanto, uma coisa podemos garantir: quando a família Stastny sai para comer pizza, Paul senta no banco da frente.

Vestindo a camisa 26 do Colorado Avalanche, o mesmo número que o pai usava na antiga sede da franquia em Quebec, Stastny — esse sim é digno de ser chamado pelo sobrenome — só não levará o Troféu Calder dessa temporada por causa de um certo Malkin que joga em Pittsburgh. O que não é motivo para vergonha, afinal seus 63 pontos o colocam em segundo lugar na lista dos calouros.

Stastny foi a 44.ª escolha geral em 2005, recrutado pelo Avalanche. Passou duas temporadas em Denver, mas jogando pela universidade local, antes que pudesse vestir a já tradicional camisa dos Avs. Esse ano fez sua estréia pela franquia e, bem, que estréia!

O sucesso da temporada de Stastny já causa uma certa empolgação, e começam a pipocar comparações tanto com o pai e os tios, os também ex-jogadores Marian e Anton Stastny, quanto com o atual capitão do Colorado, Joe Sakic.

Ainda é cedo para afirmar que Stastny será, de fato, seu sucessor. Mas o garoto merece, sim, ser olhado com carinho pelos fãs. Se o Colorado e seu gerente geral François Giguere souberem cuidar bem da criança, certamente dentro de duas temporadas Stastny chamará a responsabilidade para si e começará a liderar o futuro do Avalanche. De qualquer forma, Paul Stastny pode ir além de seu sobrenome, e certamente já enche o velho Peter de lágrimas e orgulho.

Serão os jovens Yan e Paul o futuro da família Stastny para que seu bom sangue continue sendo derramado na NHL? Bom, eu, sem dúvida, aposto no segundo.

Thiago Leal matou serviço para escrever para TheSlot.com.br enquanto saboreava o delicioso cafezinho da copeira da agência, a Dona Rosa.
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Peter Stastny, o eterno ídolo do saudoso Quebec Nordiques, hoje assiste com orgulho seu legado ser levado adiante na NHL.
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De cara amarrada, Paul Stastny saiu dos rinques da Universidade de Denver para despontar como o futuro do Colorado Avalanche.
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O filho mais velho, Yan, não vem tendo a mesma sorte. Mudando de time a cada temporada, o rapaz está levando uma vida dura na NHL.
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Página publicada em 7 de março de 2007.