Por: J.J. Júnior, o Mec

Bom, pessoal, escrevo essa coluna de muito mal humor e emputecido pela derrota ridícula pros Mulambos Azuis na última segunda-feira, então já os alerto.

Enfim, depois do dia-limite de trocas, os Isles voltaram a jogar na quinta-feira passada, contra o fraco St. Louis Blues. Era a estréia tão aguardada de Ryan Smyth e todos estavam ansiosos. No primeiro período, Smyth serve Mike Sillinger em vantagem numérica... pimba! Isles 1-0! Time de vantagem numérica funciona! Parece que a troca deu certo! Segundo período, Marc-Andre Bergeron aumenta a vantagem para 2-0. Enfim, parecia tudo certo, ótima vitória e mais dois pontos. Só que no fim do terceiro período, o pior aconteceria: subitamente os infelizes conseguiram o mais difícil: tomar dois gols ridículos do time débil dos Blues — caro leitor, desculpe-me, mas o time dos Blues é bem "lanfranhudinho". E o mais revoltante: em menos de 60 segundos. E o Rick DiPietro deu um ataque de estrelismo e fez uma penalidade cretina no final do jogo. Resultado disso? Vantagem numérica para os Blues na prorrogação e Lee Stempniak — quem? — fez o gol da virada! Graças a cretinice do estrelinha.

Vá te catar, Rick DiPietro! Mesmo parando 36 chutes, isso não te dá motivo para fazer bizarrice! Fora defensores Chris Campoli, Brendan Witt e Freddy Meyer IV! Eles parecem perdidos, mal patinam direito e vivem dando presentes para os atacantes adversários.

No s ábado à noite, os Isles iriam até a capital norte-americana, Washington, enfrentar os Capitals de Ovechkin, Semin e companhia. Acompanhei este jogo pelo Yahoo!, transmissão pela Comcast, e gostei do que vi, o time deu uma melhorada, principalmente em vantagem numérica. Os três primeiros gols dos Isles viriam dessa forma. Parece que nisso as trocas surtiram muito efeito, principalmente com as presenças de Smyth, atrapalhando sempre o goleiro dos Capitals, e de Bergeron e seus chutes fulminantes a gol!

Os Isles chegariam a ter uma vantagem tranquila de 5-0 no terceiro período, até o fantasma do apagão aparecer de novo. Os Capitals fariam dois gols, sendo um em vantagem numérica, em menos de 60 segundos novamente!

Vão te catar, defensores! Principalmente Campoli e Meyer! Essa terceira linha de defensores é de amargar, brincadeira de puro mau gosto. Uma das piores linhas de defensores que eu já vi! E o pior é que os Isles não têm caras melhores. Radek Martinek e Bruno Gervais estão machucados e não voltam tão cedo. Time que quer chegar longe nos playoffs da Copa Stanley não pode ter uma linha de mau gosto como essa. Nem os Genéricos de Anápolis chegam a ser tão cretinos para ter isso.

No fim do jogo, Smyth faz seu primeiro gol com a camisa dos Islanders e fecha o placar em 6-2. Não fez mais que a obrigação caso queira classificar-se aos playoffs.

Segunda-feira, os Isles enfrentariam os seus rivais em Manhattan, os Mulambos Azuis, os Rangers do burocrático Jagr e companhia. Não sei porquê, mas quase sempre todo craque que vem a jogar pelos Rangers fica burocrático e joga aquém do que pode. Acredito que o último a jogar mesmo foi Mark Messier e isso faz muito tempo.

O pior deste jogo foi descobrir que a transmissão seria pela Versus (credo!), com narração do Mike "Doc" Emrick e comentários de Bill Clement (deeeus do céu!), Keith Jones (como?!?!) e Brian Engblom (Jesus!!!)

Vá te catar, Versus! Na minha opinião, é de longe a pior transmissão da NHL. A voz do Emrick é simplesmente irritante, o Clement é um torcedor dos Flyers frustrado e o que vou falar de Jones e Engblom? Ai você me questiona: "quem é você para criticar?" Mas ai eu te respondo: Vá te catar!

É a minha opinião e eu prefiro a transmissão da MSG Buffalo, com o melhor narrador da NHL, Rick Jeanneret, comparável a Mike Lange. Fora a transmissão da CBC com Ron MacLean, o rancoroso Don Cherry e o seu "Coach´s Corner", Jim Hughson — famoso pela série NHL da EA Sports, tem também o famoso Gary Thorne da ESPN e gosto das suas narrações.

Voltando ao jogo, nunca vi os Isles tão apáticos. Parece que o time tomou aquela "aguinha batizada" e todos ficaram bobos. DiPietro tomou vergonha na cara e tava fazendo jus ao seu altíssimo salário. Parou 17 chutes a gol no primeiro período. E no fim deste, os Isles tiveram uma vantagem numérica e Jason Blake fez um gol quase que "espírita". Enfim, o que importa é disco na rede.

O segundo período foi mais pavoroso do que assistir clipe musical do Asa de Águia, e DiPietro parou 19 chutes dos Mulambos Azuis. No começo do terceiro período, DiPietro comete um erro imbecil, consegue tomar um gol ridículo de Petr Prucha num rebote de chute fácil e simples de Jed Ortmeyer. Os Isles foram muito envolvidos pelos Mulambos Azuis e a superioridade foi demonstrada na quantidade de chutes a gol: DiPietro fez 56 defesas. Isso mesmo: cinqüenta e seis! Um recorde como goleiro jogando nos Islanders, um chute a mais do que Felix "the cat" Potvin e Billy Smith.

Mas aí o cacique Ted Nolan faz um erro fatal: colocar o cretino Randy "fake" Robitaille para o terceiro pênalti da disputa. Antes, DiPietro conseguiu tomar um gol esdrúxulo de pênalti de um central pífio, Matt Cullen. Miro Satan e Viktor Kozlov deveriam ser castigados pela displicência nas suas tentativas. O falso Robitaille fez o básico dele, fazer besteira e dar o ponto aos Mulambos Azuis.

Vá te catar, Ted Nolan, índio burro! Colocar um jogador de quinta categoria, um renegado, para bater um pênalti decisivo? Por favor! E perder para o maior rival? Ah, não dá mesmo!

Resumo da ópera: acredito que a meta dos Islanders é ficar em sexto ou sétimo lugar na Conferência Leste e ganhar uma série nos playoffs — contra Devils, Lightning ou Thrashers. Ficar em quarto, quinto ou oitavo já acho que os Isles perdem de varrida. Encarar Sabres, Senators ou Penguins não dá. Acredito que o campeão do Leste saia desses três. A não ser que o Brodeur transforme-se em muro e os Devils ganhem tudo de goleada, ou seja, de 1-0, 2-0.

Com a entrada de Bergeron e Smyth, os Isles melhoraram e muito em vantagem numérica. Ponto para Snow. Richard Zednik infelizmente não encaixou na linha de Kozlov e Satan e é possível que ele caia na linha de Sillinger e Trent Hunter. O ponto fraco dos Isles é a defesa, terceira linha com Campoli e Meyer não dá... é demais para os torcedores!

Parece que Shawn Bates está fora de vez dessa temporada por causa de uma operação de hérnia e Alexei Yashin volta a jogar nesta quinta-feira, onde os Isles enfrentam novamente os Mulambos Azuis. Se os Isles querem realmente participar e vencer os playoffs, têm que vencer e muito bem! Espero que isso aconteça.

J.J. Júnior, o Mec viu uma relíquia: o GP de Portugal de 1985 com a transmissão da TV Globo! E felicita a todas a mulheres pelo seu dia, 8 de março.
Pablo Martinez Monsivais/AP
É gol! Marc-Andre Bergeron acerta uma bela tacada em vantagem numérica de dá a vantagem de 3-0 para os Isles sobre os Capitals em plena Washington.
David L. Pokress/Newsday
Ah, não! Matt Cullen consegue marcar contra DiPietro e dá a vitória aos Rangers.
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Página publicada em 7 de março de 2007.