Por: Alexandre Giesbrecht

Uma semana agitada, uma capa difícil. E a minha coluna ficou em último plano. Mas, para não passar em branco, seguem abaixo alguns pensamentos sobre os últimos dias do hóquei.

Graças ao livro Total Hockey sempre à mão (talvez "à mão" não seja a expressão adequada, afinal o calhamaço tem quase 2 mil páginas), pude comprovar o que comecei a imaginar no fim de semana: nunca antes quatro dos Seis Originais ficaram de fora dos playoffs. Apenas Rangers e Red Wings se classificaram. Blackhawks, Bruins, Canadiens e Maple Leafs vão assistir pela televisão.

A derrocada do Montreal foi especialmente agonizante. Desde o início de 2007 o time não vinha bem, depois de um começo mais que encorajador. A vaga não foi perdida na derrota para os Leafs, no sábado. Ela foi perdida bem antes, com pontos bobos perdidos ao longo do caminho. O jogo de sábado era para ser nada mais que uma festa habitant no Air Canada Centre, mas acabou se transformando em uma despedida melancólica. E pensar que uma vitória teria sido o bastante... Será um longo verão em Montreal.

Os Leafs não saíram tão machucados assim. Com a temporada bem irregular que tiveram, o que viesse seria lucro. Pelo "conjunto da obra" em 2006-07, eles não esperariam sequer ficar tão perto da vaga. Por mais que tanham ficado de fora simplesmente porque os Islanders ganharam nos pênaltis do New Jersey no domingo, não foi tão doloroso. Tivesse vindo a classificação, aí, sim, provavelmente a alegria seria extravazada de uma maneira poucas vezes vista.

Nos playoffs, provavelmente o confronto mais interessante será o dos Predators contra os Sharks. Os Predators fizeram uma campanha tão boa, tão regular, e seu "prêmio" foi o quarto lugar na conferência e o conseqüente encontro marcado com os Sharks, imediatamente considerados favoritos. Curiosamente, os times estão exatamente na mesma situação de um ano atrás. Naquela ocasião, o goleiro Tomas Vokoun estava contundido, e os Preds foram facilmente dominados, como já era previsto.

Neste ano, Vokoun estará no gol do Nashville, mas ele não parece ser um fator tão decisivo quanto teria sido no ano passado. Para seu time, a grande esperança é Peter Forsberg, que ainda não demonstrou todo o poder de fogo que se esperava dele quando de sua contratação, em fevereiro. Os Sharks não são tão favoritos quanto o eram em abril de 2006, mas têm tudo para bater um time que parece que vai ficar mais um ano em formação.

Alexandre Giesbrecht, 31 anos, nunca escreveu uma coluna tão pequena.
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Página publicada em 11 de abril de 2007.