NOTAS e FOTOS • Por: Humberto Fernandes e Thiago Leal

Na semana passada noticiamos a decisão do Pittsburgh Penguins de incluir o veterano Mark Recchi na desistência. Nenhuma equipe se interessou pelo jogador, então restaram duas saídas para os Penguins, dispostos a se livrarem do atacante: insistir na medida, recolocando Recchi na desistência, ou enviando-o para a AHL. Para a sorte da equipe o Atlanta Thrashers solicitou o jogador, após outras oito franquias não se manifestarem neste sentido — a título de curiosidade, os oito foram Washington Capitals, Los Angeles Kings, Florida Panthers, Phoenix Coyotes, Edmonton Oilers, Calgary Flames, Buffalo Sabres e Tampa Bay Lightning. Os Penguins pagarão metade (pouco mais de 600 mil dólares) do que Recchi ainda tem por receber nesta temporada mesmo com o jogador atuando pelos Thrashers. É a regra para jogadores que são escolhidos apenas na segunda inclusão na desistência. O Atlanta precisava mesmo de um bom atacante para melhorar seu aproveitamento em vantagem numérica.

O assunto ainda é o Pittsburgh, mais precisamente Sidney Crosby, que deve ser o nome mais vezes presente nesta curta história de Prorrogação — mas primeiro veja a nova jóia encontrada no YouTube, de quando o capitão dos Penguins era apenas um garoto de 14 anos e já aparecia como "O Próximo". Após o jogo de sábado à noite em Vancouver contra os Canucks, finamente Crosby completou todo o circuito da NHL, tendo atuado nas 30 cidades. Apenas em sua terceira temporada foi possível conhecer o oeste canadense, demonstrando na prática que o atual calendário da liga não premia os fãs. Em 188 jogos na carreira, Crosby marcou 89 gols e 262 pontos. Seus números atuando em Pittsburgh são cinco gols e 18 pontos superiores aos registrados fora de casa, com o mesmo número de jogos. Apenas quatro cidades não viram Crosby pontuar em seu solo: Calgary, Columbus, San Jose e St. Louis.
Eu prometo, é a última nota sobre Crosby nesta edição de Prorrogação. É que não poderia passar em branco duas novidades sobre o jogador. A primeira, que encontraram um vídeo de quando o capitão dos Penguins era apenas um garoto de 14 anos e já aparecia como "O Próximo". Logo no começo do vídeo, repare na caneta que ele aplica no defensor, seguida de um passe perfeito para o companheiro marcar. Aos torcedores dos Penguins, muito cuidado, porque há uma cena forte no especial: Crosby com a camisa do Montreal Canadiens. Como bom canadense, nada mais natural. A outra novidade é que após 14 anos finalmente um jogador de hóquei recebeu o Prêmio Lou Marsh, concedido pelo Toronto Star ao atleta do Canadá que mais se destacou no ano. Crosby superou, entre outros atletas, Steve Nash, o único ser admirável no esporte de bola ao cesto. É a décima vez que um jogador de hóquei vence o prêmio. Os outros foram Wayne Gretzky (quatro), Bobby Orr, Phil Esposito, Bobby Clarke, Guy Lafleur e Mario Lemieux. E fica a dúvida: se no Canadá não premiaram jogadores de hóquei em 14 anos, premiaram quem nesse tempo todo?!
Chris McGrath/Getty Images
US Open no gelo!
Pois é, Henry Lundqvist não aguentou! Depois de estrelar a edição número 174 de TheSlot.com.br, o sueco experimentou o amargo sabor da "maldição da capa" e, em apenas dez chutes, sofreu quatro gols contra o Toronto Maple Leafs. A tontura provocada pelo massacre canadense fez Lundqvist pedir arrego e esquentar o banco pelos 20 minutos finais enquanto Steve Valiquette entrava no rinque para tomar mais dois gols, incluindo esse marcado por Alex Steen no melhor estilo Bobby Orr — mas sem o mesmo carisma do ex-defensor, claro. Os Leafs fecharam a conta 6-2, um genuíno placar de tênis em plena Nova York, terra do grand slam US Open. Mesmo com os dois gols sofridos por Valiquette, foi Lundqvist quem deixou o Madison Square Garden com as honras de goleiro perdedor da noite. É TheSlot.com.br seguindo os passos da Sports Illustrated e pondo a uruca pra cima de todo craque na NHL. Aproveite e compare esta imagem com o "vôo" de Marian Gaborik na coluna de fotos ao lado.
(06/12/2007)
O Lightning venceu os Canadiens por 3-2 na terça-feira, com um gol solitário na decisão por pênaltis marcado por Brad Richards. A partida foi realizada em Montreal. Mas e daí? O que tem de especial nisso? Talvez o fato de ser um resultado raríssimo em se tratando do Lightning nesta temporada, já que em 15 partidas como visitante venceu apenas três vezes. Dentre as 12 derrotas sofridas estão as goleadas para Toronto Maple Leafs e New Jersey Devils Devils por 6-1 e para o Chicago Blackhawks por 5-1, todas em solo inimigo. O pífio aproveitamento de 20% do Tampa Bay na estrada contrasta com os 68% na Flórida, onde obteve 11 dos seus 14 triunfos. Esta irregularidade do Lightning fora de casa o coloca na décima colocação na Conferência Leste e a situação só não é pior porque seus rivais na Divisão Sudeste não são grandes coisas, como o Carolina Hurricanes, contra quem venceu uma partida como visitante. O resultado positivo sobre os Habs foi também o primeiro contra um time de fora da divisão e fora de casa. O próximo confronto do Lightning na estrada será contra o Atlanta Thrashers no dia 18 deste mês.

A insanidade é a marca registrada de boa parte dos gerentes gerais empregados na NHL. Eles proporcionam aos jogadores contratos exageradamente longos e caros, causando a revolta da torcida quando o atleta em questão não é muito querido pela torcida. Mas o que dizer daqueles que sequer pisaram no gelo nesta temporada e ainda assim sugam parte dos recursos disponíveis no teto salarial? É o caso de Alexei Zhamnov, do Boston Bruins, que após o locaute assinou contrato de US$ 12,3 milhões por três anos. Zhamnov disputou apenas 24 jogos neste contrato — o que rende excelentes 512,5 mil dólares por jogo — e está praticamente aposentado por invalidez (contusão no tornozelo), inclusive exercendo o cargo de gerente geral do Chekhov Vityaz na liga russa. Graças ao tiro errado os Bruins não dispõem de mais de 4 milhões de dólares para reforçar a equipe. Outro jogador na mesma situação é Steve Rucchin, dos Thrashers. Desde fevereiro Rucchin relaxa em sua casa na Califórnia, recuperando-se de uma concussão. Quanto ele recebe pra isso? Apenas US$ 2,4 milhões. É o último ano de contrato e o jogador deve se aposentar. Quem luta para retornar ao hóquei é Steve Sullivan, do Nashville Predators, que sofreu duas cirurgias nas costas. Sullivan ainda tem dois anos de contrato, cada um por US$ 3,2 milhões, ou seja, ele é o terceiro jogador mais caro de uma equipe que se desfez de bons jogadores por problemas financeiros.
Para quem já viu em nossa comunidade no Orkut, vale o repeteco. Para quem não viu, se prepare, porque este é o lance da semana: Marian Gaborik recebe o disco sozinho na zona neutra e patina em direção a Dominik Hasek, que se joga aos patins do atacante. O resultado é um dos vôos mais incríveis da história do hóquei. Fosse na ginástica, Gaborik receberia um 10; fosse no futebol, Hasek seria expulso. Como estamos no hóquei, o goleiro recebeu dois minutos de penalidade por derrubar o adversário. Derrubar?! Talvez o mais correto seja "fazer voar". De uma forma ou de outra, Hasek conquistou o seu primeito shutout na temporada na vitória do Detroit Red Wings por 5-0 sobre o Minnesota Wild. No dia seguinte, no confronto entre Carolina Hurricanes e Canadiens, Scott Walker despertou a ira de Michael Komisarek ao desferir um belo tranco no adversário. Komisarek não perdoou a audácia do rival e partiu para a briga, bem disputada e vencida por pontos pelo defensor dos Habs.
Recordar é viver, então o momento nostalgia da semana vai para a antiga seção de notas desta publicação. Você se lembra da contagem de hat tricks e shutouts? Vamos a ela. Na atual temporada foram 23 hat tricks. Jussi Jokinen, do Dallas Stars, foi o único a marcar quatro gols em um jogo. Ilya Kovalchuk, dos Thrashers, o único a anotar dois hat tricks — e ainda por cima em jogos consecutivos. A goleada de 8-2 do Philadelphia Flyers sobre os Penguins na terça-feira foi o único jogo com hat trick duplo, marcados por Joffrey Lupul e R.J. Umberger. Entre os quatro maiores goleadores da temporada, apenas Alexander Ovechkin não foi aclamado pelos chapéus da torcida. Os shutouts, por sua vez, já somam 59. Pascal Leclaire, do Columbus Blue Jackets, é o líder, com seis. Henrik Lundqvist, do New York Rangers, tem cinco, contra quatro de Evgeni Nabokov, do San Jose Sharks, e Roberto Luongo, dos Canucks. O maior número de defesas em um shutout pertence a Martin Biron, 38, e o menor a Chris Osgood, dos Red Wings, com 12. Por seis vezes Anaheim Ducks e Devils passaram em branco no placar, liderando este quesito negativo.
Nam Y. Huh/AP
O defensor James Wisniewski com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar... o Chicago Blackhawks está mesmo vendo mais uma temporada descer por água abaixo?
(09/12/2007)
Winslow Townson/AP
Pula! Pula, filha da... pula! Marc Savard, do Boston Bruins, mostra que não sofre da mesma síndrome do cavalo Baloubet du Rouet e pula qualquer obstáculo que apareça em sua frente.
(06/12/2007)
Jerry S. Mendoza/AP
Nem o estilo do Bobby Orr, nem o gol do Alex Steen e nem mesmo a piada do Marc Savard. Tudo que o Marian Gaborik conseguiu com este lance foi uma bela de uma dor infernal na lombar!
(07/12/2007)
Dave Sandford/Getty Images
Brad Richards (19) mostra que sua maior influência no gelo é o goleiro Ed "The Eagle" Belfour e, depois de algumas doses de vodca e whiskey, deixa o rinque carregado por Vincent Lecavalier (4), Paul Ranger (54) e Martin St. Louis.
(11/12/2007)
Jonathan Hayward/AP
As piadinhas óbvias serão evitadas, afinal, TheSlot.com.br é uma revista familiar e de respeito. Mas pedimos encarecidamente a Roberto Luongo que pense duas vezes antes de tomar certas atitudes no rinque.
(08/12/2007)
Christian Petersen/Getty Images
Enquanto Luongo protagoniza uma ótima temporada, o reserva Curtis Sanford, sem muito o que fazer, diverte-se pulando as bordas para afanar os squeezes de seus colegas.
(10/12/2007)
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Página publicada em 12 de dezembro de 2007.