Dentre os jogadores que não são cotados para se destacar na temporada,
há alguns que vêm contrariando as expectativas neste começo de temporada.
Optamos por pular o chamado primeiro escalão, a elite da NHL, e cavar
jogadores que andam surpreendendo e jogando como se fossem da tal elite
da liga.
Não há qualquer ordem e, aleatoriamente, optamos por selecionar meia
dúzia. Por puro capricho, os seis jogadores formam uma linha completa
com um goleiro, dois defensores e três atacantes. Não foi exatamente
proposital, mas serviu para sanar a dúvida final sobre o último selecionado.
Vamos a eles:
G Tim Thomas (BOS)
Acredito que a idéia de Claude Julien para esta temporada fosse alternar
entre Thomas e Manny Fernandez, até encontrar o goleiro número 1. Ou
não, talvez ele quisesse ir alternando até o fim, quem sabe? Porém,
pelo que Tim Thomas vem fazendo nesse começo, a vaga de titular é dele.
A fase atual do goleiro é tão boa que a constante alternância entre
ele e Fernandez foi quebrada — e como resultado foram dois shutouts
e duas vitórias apertadas de 1-0.
Quando esta edição estava sendo fechada, Thomas liderava a NHL em aproveitamento
de defesas e estava em segundo em média de gols sofridos. Quem esperaria
tudo isso de Tim Thomas?
D Filip Kuba (OTT)
Seguramente o menos badalado dentre os listados aqui, Kuba emendou oito
jogos consecutivos pontuando. Atualmente tem 11 assistências, praticamente
a metade de sua produção média nas duas temporadas anteriores inteiras.
Diante da campanha inicial ruim dos Senators, Kuba talvez seja um dos
raros pontos positivos a se ressaltar.
D Christian Ehrhoff (SJS)
Eis um bom e jovem defensor que, após três temporadas sólidas com o
time, desponta para uma espetacular. Claro que ajuda bastante o fato
de ele atuar com Dan Boyle no time de vantagem numérica dos Sharks,
além de o time estar forçando chutes de longa distância — justamente
o trabalho de Ehrhoff.
C Mikko Koivu (MIN)
É verdade que o irmão mais famoso também anda surpreendendo os que apostavam
num declínio de produção do capitão dos Habs, mas é o irmão menos famoso
aqui que anda efetivamente enchendo os olhos.
Com o projeto de estrela Marian Gaborik de fora, é ele quem tem brilhado
no Minnesota Wild, sendo o melhor jogador da equipe até aqui. Com nada
menos que 12 assistências no bolso, é um dos líderes da NHL nesse quesito.
C Brandon Dubinsky (NYR)
Ele lidera os Rangers em pontos e lidera toda a NHL em gols da vitória
(3). Para quem marcou 40 pontos — e nenhum gol da vitória —
na temporada passada, isso já é mais do que suficiente para justificar
sua presença aqui.
De bela promessa, Dubinsky aponta para já ter se tornado realidade.
LW Keith Tkachuk (STL)
Eu realmente não acredito que alguém ainda esperasse muito de Tkachuk
a essa altura da carreira dele, aos 36 anos de idade. A rigor, eu nunca
esperei muito nem mesmo dez anos atrás. Dito isso, eu tenho de dar o
braço a torcer e colocá-lo aqui como um das gratas surpresas da temporada
até aqui. Somente os gols marcados em cada um dos seis primeiros jogos
— recorde na franquia dos Blues e recorde pessoal dele —
já valeria uma vaga aqui. Mas já são oito gols até aqui, sendo seis
deles em vantagem numérica.
Só não me venham com essa história de que Tkachuk não deveria estar
aqui porque seria da elite da NHL, por favor.
Marcelo Constantino sugere Rolling Stones, sempre.