NOTAS e FOTOS • Por: Humberto Fernandes e Thiago Leal

Mats Sundin finalmente deu o primeiro passo para retornar ao hóquei no gelo. Na semana passada, o ex-capitão do Toronto Maple Leafs se submeteu a uma bateria de exames médicos em um hospital de Toronto para avaliar sua saúde e viabilizar a intensa etapa de preparação física que vem a seguir.

Sundin fará duas semanas de treinamentos no gelo em Los Angeles, antes de começar a conversar com as equipes da NHL. Em setembro ele havia dito que não decidiria onde queria jogar sem saber se voltaria mesmo ao hóquei. Agora essa condição já não existe, porque o sueco disputará sua 18.ª temporada na América.

Seu empresário, J.P. Barry, declarou que o sueco não deve atuar antes de dezembro, o que é uma boa notícia para todos os times da liga. Quanto mais tempo Sundin mantiver-se afastado, menos peso seu salário terá no teto salarial, abrindo mais opções de destino para o primeiro europeu escolhido em primeiro lugar no recrutamento da NHL.

Os salários dos jogadores são calculados em base diária na NHL. A temporada regular tem 187 dias. Se Sundin retornar em 1.º de janeiro, por exemplo, e assinar contrato por US$ 8 milhões, restarão 102 dias no calendário (cerca de 55% da temporada). Logo, sua equipe precisará de apenas US$ 4,35 milhões de espaço no teto. Se ele retornar em fevereiro, o montante cai para US$ 3 milhões. E assim por diante.

Apenas 13 equipes têm mais de US$ 3 milhões disponíveis no orçamento. Muitas delas não estariam interessadas no salário de Sundin, assim como a recíproca também seria verdadeira, porque a maior parte delas está na temporada para fazer figuração, ao contrário do jogador, que quer ganhar a Copa Stanley. São identificados no grupo três destinos em potencial para o sueco: Vancouver, Colorado e Ottawa. Nós acrescentaríamos Montreal na lista. Os Canadiens não têm espaço suficiente, mas nada que uma ou duas mexidas não resolvam.

Em breve Sundin estará de volta, ocupando a capa de TheSlot.com.br com seu novo uniforme.

O sábado recheado de hóquei da NHL teve histórias bastante interessantes ao redor da liga.

Apenas na segunda vez em toda a história que todos os times estiveram no gelo no mesmo dia, foram marcados 96 gols, 984 chutes, 460 minutos de penalidades e 12 brigas. A média de público foi de 17.849 espectadores po jogo, sendo que em nove deles houve lotação máxima, com o maior público em Chicago, no United Center, 22.690 espectadores, mais do que o dobro de Long Island, casa do NY Islanders, com 11.219.

Na Filadélfia, onde os Flyers enfrentavam o New Jersey Devils, um torcedor atirou uma espécie de bomba de fumaça no gelo, durante a prorrogação. Esse vídeo (aos 1:40) mostra o momento em que um jogador dos Flyers pega a bomba e leva em direção ao pessoal da manutenção da arena. A fumaça tinha um forte cheiro de enxofre e incomodou até mesmo os torcedores.

No jogo entre Boston Bruins e Atlanta Thrashers, em Boston, a NHL obrigou os donos da casa a alterar o formato do jogo. Na manhã de sábado, os Bruins descobriram que um dos lados do gelo do TD Banknorth Garden Ice estava marcado com medidas incorretas. Os círculos de faceoff estavam a 7,31 m da linha do gol, mais de 1,20 m além do que manda a regra. Como era impossível corrigir o erro há tempo, a NHL alterou a logística do jogo: os times inverteram de lado na metade do terceiro período.

Em Chicago, Blackhawks e Red Wings divulgaram seus uniformes especiais para o Clássico de Inverno, o já tradicional jogo da NHL a céu aberto, a ser disputado em 1.º de janeiro. A camisa dos Blackhawks será a mesma utilizada na temporada 1936-37, na cor preta com listras horizontais nas cores vermelha e bege, além da versão clássica do logotipo da equipe, em círculo. Os Red Wings usarão camisa branca, com uma grande faixa horizontal vermelha — inspirada no uniforme de 1926-27 — e a letra D no centro, em vez do tradicional logotipo, que aparece apenas nos ombros. Veja a foto ao lado.
Ainda em relação ao público, mas especificamente em Denver, onde o Colorado Avalanche recebeu o Edmonton Oilers na quinta-feira, 23.

Acredita-se que os 14.898 espectadores presentes (82,7% da capacidade) seja o menor público da história da franquia, que desde que se mudou para o Colorado em 1995-96, sempre esteve entre os líderes da liga em venda de ingressos. O Pepsi Center registrou 487 jogos consecutivos de casa cheia até 2006, mas desde então a média de público tem caído ano após ano. Os Avs estão em 17.º na NHL nesse quesito, com 17.229 torcedores por jogo (95,7% da capacidade).

A crise econômica e o processo de renovação da equipe são os dois principais motivos pela queda no número de torcedores presentes na arena.

O Chicago Blackhawks tem a maior média de pública da liga, com 21.457 torcedores, pouco acima do Montreal Canadiens, com 21.273. Já o NY Islanders tem menos de 13 mil torcedores por noite em seus jogos.
Na última quinta-feira, em Chicago, os 30 gerentes gerais da NHL se reuniram para discutir o jogo e mudanças nas regras, de onde surgiram três idéias relevantes.

Larry Pleau, do St. Louis Blues, quer mudar a regra das penalidades atrasadas. Após a marcação de uma penalidade, para paralisar o jogo a equipe que cometeu a infração teria que isolar o disco para fora de sua zona defensiva, em vez de apenas tocá-lo, como funciona hoje. O gerente geral dos Blues acredita que a medida criaria mais chances de gol com o sexto atacante no gelo por mais tempo. Seria emocionante ver o time batalhando para limpar a área enquanto sofre toda a pressão.

A segunda idéia está relaciona aos passes com as mãos. Atualmente é permitido fazer passes manuais na zona defensiva e não no restante do gelo. A mudança discutida pelos gerentes é não permitir mais essa ocorrência na defesa, assim como em todo o gelo. Parar o jogo a cada vez que um jogador tocar o disco com as mãos vai cansar a paciência dos torcedores.

A mais curiosa proposta partiu de Bob Gainey, do Montreal Canadiens. Ele sugere que os jogadores na zona defensiva devem manter pelo menos um patim no gelo ao bloquear chutes. Então, em vez de ter jogadores se atirando e deslizando pelo gelo, o gerente geral acredita que a mudança criaria mais oportunidades de gol através de chutes da linha azul. A idéia é boa, porém exigiria o julgamento dos árbitros regularmente.

Os gerentes têm novo encontro marcado para março. Até lá eles fazem o dever de casa, discutindo em suas organizações as mudanças sugeridas, para adotarem um posicionamento em caso de alguma idéia ir a votação.

E Roberto Luongo não poderá ostentar o C de capitão em sua camisa. A liga permite o que o Vancouver Canucks está fazendo, mas os goleiros não terão o C.
Gref Fiume /Getty Images
"É federal!"
Tudo bem que o time ainda não é "aquele" e o jogo ainda não é espetacular. Mas o Washington Capitals vem caminhando para ser uma das grandes franquias da liga num futuro próximo, quem sabe realizando até mesmo o sonho de Alexander Ovechkin, que falou em vencer a Copa pelos Caps. Mas é seu xará e compatriota Alexander Semin o jogador mais importante do time no momento. E é por isso que a torcida entra em êxtase sempre que o rapaz faz um gol. Até agora já foram oito que, somados a oito pontos, lhe valem 16 pontos, o suficiente para ser o líder da NHL em pontos e em gols nesse começo de temporada. Ovechkin ainda é o xodó de Washington e o homem de frente da Legião Russa dos Capitals, que ainda inclui Sergei Fedorov e Viktor Kozlov. Mas Semin, atualmente, é o jogador mais importante do time. Comemore, Semin!.
(28/10/2008)
Quebrar o taco no momento de um chute é algo costumeiro na NHL, tanto que Wayne Gretzky sugeriu que a liga deveria voltar no tempo: "Deveriam voltar aos tacos de madeira. Se eram bons o bastante para Bobby Orr, devem ser bons o bastante para qualquer um."

Mas qual será a alternativa de Gretzky para o que aconteceu na quinta-feira, em Phoenix? Shane Doan chutou o disco para o gol do Washington Capitals. O chute partiu o disco em dois pedaços ao acertar a partição das bordas. Doan flexionou os bíceps e riu, em seguida.

Nem Doan, nem Gretzky se lembram de ter visto isso alguma vez. Tyson Nash, ex-intimidador que hoje é comentarista da rádio dos Coyotes, respondeu a Gretzky que já viu isso acontecer, quando ele (Nash) manuseava o disco com o taco.

Bom, não dá pra afirmar que isso nunca aconteceu antes, porque justamente na semana passada os funcionários responsáveis pelos equipamentos do Pittsburgh Penguins serraram um disco ao meio, utilizado na vitória por 4-1 contra o Toronto Maple Leafs. Foi o disco do centésimo gol da carreira de Sidney Crosby e do ducéntesimo ponto de Evgeni Malkin. Nada mais justo que dividir o souvenir entre os jogadores.
Quando Ron Wilson substituiu Vesa Toskala por Curtis Joseph para a disputa por pênaltis contra o Anaheim Ducks, ele não estava apenas jogando com percentuais, embora tenha dito isso após o jogo.

A polêmica decisão de escalar um goleiro frio, que passara os 65 minutos anteriores tentando não cochilar no banco de reservas, era justificada não só pelas estatísticas — Toskala tem o pior retrospecto entre todos os goleiros da NHL que disputaram pelo menos dez decisões por pênaltis, com duas vitórias e nove derrotas —, como também pela nacionalidade de Toskala.

Talvez Wilson não saiba, mas os goleiros finlandeses estão entre os piores da história da NHL em decisões por pênaltis, com apenas 39,3% de aproveitamento. Fredrik Norrena, do Columbus Blue Jackets, é dono do oitavo pior percentual de vitórias de todos os tempos, enquanto Miikka Kiprusoff, do Calgary Flames, é o recordista atual de derrotas consecutivas nos pênaltis (oito).

Curiosamente, os chutadores finlandeses são os melhores da liga, com 42,7% de sucesso. O que nos leva a pensar que, se você tem um goleiro finlandês, está perdido, mas se seus atacantes são finlandeses, a vitória está garantida.
"A nomeação de Steve Yzerman como diretor executivo da seleção masculina de hóquei do Canadá nos Jogos Olímpicos de 2010 é um tapa na cara da história do hóquei".

Assim começa o texto de Steve Simmons, que condena a escolha de um jogador tão bem sucedido em sua carreira na NHL para o papel de executivo do time. Segundo ele, a federação de hóquei do Canadá permanece obcecada com grandes nomes do esporte ocupando cargos gerenciais, o que não faz sentido se julgados os resultados alcançados.

Yzerman substitui Wayne Gretzky, que foi o diretor-executivo da seleção nas Olimpíadas de 2002 e 2006. O maior de todos ganhou a medalha de ouro em 2002, aos trancos e barrancos, fazendo uma primeira fase nada espetacular, com controvérsia na escolha do goleiro e uma derrota para a Suécia. A vida canadense ficou mais tranqüila após a surpreendente derrota dos suecos para a Bielorússia. Naquela competição o Canadá fez apenas um grande jogo, justamente a final contra os EUA. Quatro anos mais tarde, com Todd Bertuzzi no time e sem Sidney Crosby, os canadenses foram eliminados pela Rússia nas quartas-de-final.

Desde que os atletas da NHL disputam os Jogos Olímpicos (1998), nove medalhas foram distribuídas. O Canadá venceu apenas uma (ouro), enquanto República Tcheca (ouro e bronze), Rússia (prata e bronze) e Finlândia (prata e bronze) venceram duas cada.

Nos últimos 50 anos da NHL, seis gerentes gerais venceram mais da metade das Copas (28). O que Sam Pollock, Glen Sather, Punch Imlach, Bill Torrey, Ken Holland e Lou Lamoriello têm em comum? Apenas Sather fez carreira como jogador, disputando nove temporadas. E não foi algo que se diga, "nossa, que carreira!". Amplie a lista adicionando outros oito campeões da Copa Stanley e nenhum deles disputou sequer um jogo.

Esse é o ponto. Os executivos vencedores não foram jogadores de sucesso. O trabalho do diretor executivo não consiste em apenas escolher os 20 melhores atletas. Há todo um planejamento, desde a contratação do treinador e sua comissão até a apresentação do time nos Jogos Olímpicos.

Yzerman teve uma carreira espetacular dentro do gelo. Agora terá que mostrar sua competência fora dele.
Em ano de eleições, espere por aparições dos candidatos em todas as partes.

Sarah Palin, a candidata a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa de John McCain, foi saudada em St. Louis quando lançou o disco (algo como pontapé inicial) para o jogo entre os Blues e o Los Angeles Kings.

Apesar de muito mais aplaudida do que vaiada desta vez — em sua aparição na Filadélfia para um jogo dos Flyers ela foi intensamente vaiada —, a americana tida como "morena-burra" não deu sorte ao time da casa, que perdeu para os Kings por 4-0.

Quem levou a pior com a visita de Palin foi o goleiro Manny Legace. Os Blues estenderam um tapete azul no gelo em frente aos bancos de reservas para receber a candidata. Quando Legace pisou no gelo, o tapete escorregou abaixo de seu patim, derrubando-lhe. O goleiro sofreu um estiramento na coxa esquerda e deixou o jogo ao fim do primeiro período, quando os Blues perdiam por 2-0.

Quantos votos McCain perdeu em Missouri?
Christopher Pasatieri/Getty Images
Ui! Essa doeu até em mim! A gente entende o que você está sentindo, Brandon Sutter. Esperamos que não esteja pensando em ter filhos, cara, porque as crianças poderiam nascer com problemas...
(25/10/2008)
AP
Eu tenho andado tão sozinho ultimamente / Que não vejo em minha frente / Nada que me dê prazer / Sinto cada vez mais longe a felicidade / Vendo em minha mocidade / Tanto sonho a perecer...
(25/10/2008)
AP
Momento de rara seriedade nesta seção: Bobby Hull veste a camisa retrô do Blackhawks e posa ao lado do uniforme dos Red Wings, que serão usados no Clássico de Inverno.
(25/10/2008)
Bruce Bennett/Getty Images
A NHL está tão avançada que já temos serviço de pronta-entrega de garotas de programa para as arenas. Mas o árbitro Brian Pochmara devia ter encomendado a sua para depois do jogo.
(25/10/2008)
AP
Dois goleiros afundam o navio assim como dois cozinheiros afundam o time e dois marinheiros afundam a cozinha...
(25/10/2008)
AP
Fosse o Márcio Rezende de Freitas, certamente rolaria um cartão vermelho para Steve Bernier por "se jogar e tentar simular um pênalti". Por isso preferimos hóquei!
(25/10/2008)
AP
Coisas da era do teto salarial: sem dinheiro para uma plástica no nariz, Darcy Tucker recorreu a uma forma cirúrgica bem menos usual.
(25/10/2008)
AP
Alguém, por favor, explique ao médico que, quando uma Mula empaca, ela só sai dali quando bem entender.
(25/10/2008)
Christian Petersen/Getty Images
Hóquei é esporte pra homem. Aqui não tem frescura de "trocar camisa"... se quiser uma, você tem que tomar no braço!
(28/10/2008)
AP
Perto de Valtteri Filppula e Henrik Zetterberg, o defensor Peter Harrold reconhece que não passa de um cachorrinho.
(27/10/2008)
Christian Petersen/Getty Images
SJ Sharkie, mascote dos Sharks, faz uma demonstração do desempenho do time na liga: subindo!
(28/10/2008)
Jim McIsaac/Getty Images
Último lugar na tabela? Está aí o motivo! Os jogadores do NY Islanders são todos umas moças!
(23/10/2008)
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Página publicada em 29 de outubro de 2008.