Não há nesta temporada time mais azarado que os Stars e jogador mais sem
sorte que Brad Richards.
No sábado, Richards retornou ao time para o seu
primeiro jogo desde meados de fevereiro, quando sofreu uma contusão no
pulso direito. Mas no terceiro período da derrota para os Sharks por 5-2,
provavelmente em um choque com Joe Pavelski, Richards quebrou a mão
esquerda e ficará afastado pelo resto da temporada e possivelmente também
dos playoffs.
Ex-vencedor do Troféu Conn Smythe, Richards marcou
16 gols e 48 pontos em 56 jogos na temporada. É o terceiro grande desfalque
do time, que não conta com o capitão Brenden Morrow e o defensor Sergei
Zubov desde novembro.
Os Stars têm a quarta pior campanha da liga desde
o dia-limite de trocas, com apenas três vitórias em nove jogos. Para chegar
aos playoffs será preciso vencer oito dos dez jogos restantes.
Desde o locaute ninguém
perdeu tantos jogadores
por contusão quanto o New
York Islanders. A média do
time nas últimas três temporadas, somada à projeção desta, indica que os
Islanders perderam, por ano, 392 jogador/
jogos, com absurdos 566 projetados
até abril. O Philadelphia Flyers
vem a seguir, com 353, seguido pelo St.
Louis Blues, com 349.
Segundo o
gráfico elaborado por Kyle Joecken, um estudante
de matemática da Universidade
Ohio State, no período entre 2005-06
e 2007-08 as equipes que perderam 100
jogador/jogos conquistaram cerca de
dez pontos a mais na classificação que
os times que perderam 300 jogador/jogos. Pela leitura do gráfico observa-se que é praticamente impossível
realizar uma grande campanha com
mais de 300 jogador/jogos perdidos
por contusão — o Washington Capitals
será somente a segunda equipe
desde o locaute a marcar mais de 100
pontos nessa situação.
A conclusão de
Kyle, baseada nos dados e ignorando
o fato de que algumas contusões são
muito mais devastadoras que outras, é clara: as equipes perdem um ponto
para cada 20 jogador/jogos perdidos
por contusão.
Apesar da crise econômica,
as arenas da NHL estão recebendo
mais público nesta
temporada. A diferença é
mínima, cerca de 121 torcedores
a mais por jogo,
mas todo acréscimo é positivo.
De acordo com dados
compilados pela ESPN,
os Blackhawks têm a maior
média de público da liga e
também a que sofreu maior
aumento do ano passado
para cá: são mais de 22 mil
espectadores por jogo, 5.537
além do registrado no ano
passado. Os Capitals levam
2,6 mil pessoas a mais por
jogo, comprovando o sucesso
do time.
A menor média
pertence aos Islanders, com
13.614 espectadores, mas a
maior queda absoluta é do
Lightning, que sofreu profundas
modificações nas férias
e perdeu quase 2,3 mil
torcedores por jogo.
Quando os Hurricanes
adquiriram o atacante
Jussi Jokinen no
começo de fevereiro,
ninguém prestou muita atenção.
Afinal, os Canes não estavam
reforçando o time com um finalizador
ou um criador de primeira
categoria. Mas, para um time que
fracassou em disputas de pênaltis
nos últimos anos, a aquisição de
Jokinen, especialista nesse tipo
de jogada, faz todo o sentido.
Os pontos dos jogos decididos
nos pênaltis podem ser essenciais
para a classificação aos
playoffs. O próprio Carolina
sentiu isso na pele em 2006-07,
quando não venceu nenhum dos
cinco jogos que decidiu nos pênaltis
e ficou de fora dos playoffs
por apenas um ponto. Na temporada
passada, a equipe foi a
que menos venceu nos pênaltis
(foram apenas duas vitórias) e
foi eliminada por dois pontos.
Em 18 jogos pelos Hurricanes,
Jokinen marcou um gol e sete
pontos. Nas duas disputas de pênaltis
de que a equipe participou
desde então, o finlandês converteu
uma de duas tentativas — e
os Canes perderam os dois jogos.
Independentemente disso, ele é
o recordista de gols de pênalti da
liga, com 22, marcados nos quase
quatro anos de vigência desse
critério de desempate de jogos.
De jogos e, por que não dizer?, de
classificação para os playoffs.
Com os cinco pontos marcados
na vitória do Pittsburgh
Penguins por 6-2
sobre o Atlanta Thrashers,
Evgeni Malkin tornou-se o primeiro
jogador da temporada 2008-09 a atingir
a marca dos cem pontos. É a segunda
vez em sua carreira que Malkin
ultrapassa a marca centenária. Na
temporada passada, o russo marcou
106 pontos. Antes da rodada de terça-
feira, ele estava a um ponto de igualar
sua melhor campanha na carreira.
Foi
a 29.ª vez na história que um jogador
dos Penguins chegou aos cem pontos
em uma temporada, deixando a equipe
na primeira posição geral na liga
no quesito "jogadores que atingiram a
marca dos cem pontos em uma temporada".
E a vantagem para o Edmonton
Oilers, o segundo colocado, com 28,
vai aumentar, assim que o capitão Sid-
artilheiney
Crosby marcar mais cinco pontos.
Não foi antes de 1968-69 a primeira vez
na história da NHL que os jogadores
atingiram cem pontos na temporada.
Os protagonistas do feito, até então
inédito, foram Phil Esposito, Gordie
Howe e Bobby Hull. E de lá pra cá os
Penguins reinaram absolutos, liderados
por Mario Lemieux (dez vezes),
Jaromir Jagr (quatro) e Crosby (a caminho
da terceira vez).
Dois incidentes semelhantes
ocorridos na mesma
noite provaram que a NHL
adota o sistema de dois
pesos e duas medidas.
Na
sexta-feira 20, Ben Eager, intimidador
dos Blackhawks,
acertou um tranco
na cabeça de Liam Reddox, dos Oilers,
no terceiro período. Não foi marcada
penalidade no lance, mas o comitê disciplinar
da liga suspendeu-o por três
jogos.
Em Pittsburgh, faltando menos
de 15 segundos para o fim do jogo entre
Penguins e Kings e com o placar (4-1
Pens) decidido, Evgeni Malkin deixou
de lado o disco e
acertou uma cotovelada
na cabeça de Wayne Simmonds.
Malkin não deveria receber o benefício
de ser uma estrela, mas, sim, uma suspensão,
da mesma forma que Eager ou
qualquer jogador dos Flyers receberia.
Mas a NHL não suspenderia o artilheiro da temporada às vésperas de um
jogo transmitido para todo o país pela
NBC.
Se a justificativa é a ausência de
antecedentes de Malkin, então a liga
faz mesmo vista grossa: há pouco mais
de 20 dias, contra os Stars, Malkin foi
direto na cabeça do ex-colega Darryl
Sydor, em um tranco nas bordas que
poderia ter causado uma grave contusão.
Está na hora de aplicar a mesma
regra para todos os jogadores.

AP
"Esse merece uma comemoração especial!"
Aí está o culpado de tudo, minutos antes de acontecer. Esse chute consagraria o 50.º gol de Alexander Ovechkin na temporada e, sabe-se lá por que motivo, o garoto patinou por trás do gol, soltou o taco e começou a mexer as mãos em direção a ele, numa insinuação de que estava quente demais para segurar (ou, segundo outra interpretação, jogando fogo no próprio taco). Não interessa o significado e nem mesmo o motivo. Fato é que a comemoração, que estava mais para coisa do Viola ou do Vampeta que para hóquei, gerou grande polêmica no mundo do esporte mais quente do gelo. Claro que isso refletiu até aqui em TheSlot.com.br, com um debate quentíssimo — mais até que o próprio taco flamejante do rapaz aí. Mas o pior é tudo é que todo mundo, em todo lugar, se preocupou tanto em falar sobre a comemoração que acabaram esquecendo o fato mais importante do lance: o 50.º gol do fenomenal Ovechkin (que agora já tem 51).
(19/03/2009)
Quatro dos melhores jogadores
dos últimos 20 anos
planejam o futuro de suas
carreiras. Ao contrário do
que suas idades indicam, nenhum
desses veteranos pensa em pendurar
os patins.
É o caso de Chris Chelios, de 47 anos,
defensor dos Red Wings. Mesmo sendo
pouco utilizado nesta temporada, ele
planeja continuar em atividade, mas
reconhece que em outubro não estará
mais no atual time. Com a ascensão
de jovens defensores recrutados pela
franquia, os Wings não têm espaço no
elenco para manter um dos mestres
da posição. Com 25 temporadas de experiência,
Chelios terá que procurar
emprego em outro lugar.
A aposentadoria também não está
nos planos do goleiro Curtis Joseph.
Aos 41 anos, CuJo considera-se uma boa
opção como reserva em virtude do teto
salarial. Em 15 aparições nesta temporada,
ele tem 3-7-1, com 86,7% de defesas
e 3,47 gols sofridos por jogo. Mas, se
depender de Ron Wilson, treinador dos
Maple Leafs, Joseph não permanecerá
em Toronto. "Ele ainda pode ser o reserva
em algum lugar." Difícil acreditar
que CuJo encontrará uma equipe para
disputar sua 20.ª temporada.
Capitão dos Hurricanes, Rod
Brind’Amour, 38 anos, sequer pensa
em parar. "Não é uma questão de ‘se
eu vou jogar novamente’. Eu sei que
ainda amo o jogo e acredito que ainda
posso jogar. Essa é a chave." Reconhecido
por sua garra e talento defensivo,
Brind’Amour sofre na temporada: às
vezes pareceu mais lento que o normal,
perdeu faceoffs e desperdiçou a posse
do disco. Com saldo de -25, é o segundo
pior jogador da liga em mais/menos.
Quando o técnico Paul Maurice sacou
o capitão do time e o mandou para casa
em fevereiro, Brind’Amour não reclamou.
O descanso surtiu efeito: no mês
seguinte ele marcou cinco gols e 11 pontos,
com saldo de +5. E ele ainda sente
que pode contribuir. É por isso que faz
planos para sua 20.ª temporada.
Por último, o melhor jogador desse
seleto grupo é Joe Sakic. Capitão do
Avalanche, aos 39 anos ele recupera-se
de uma cirurgia nas costas e do
incidente com uma máquina de limpar
neve, quando quebrou três dedos
e sofreu danos no tendão. Há pouco
Sakic voltou a patinar e a treinar com
seus companheiros. Seu objetivo, pelo
visto, é jogar ainda nesta temporada,
provavelmente nos últimos jogos do
seu time, que não irá aos playoffs. O
mais natural para alguém que completará
40 anos daqui a três meses seria
usar esse tempo para recuperar-se
e preparar-se devidamente para mais
uma temporada. Mas
Terry Frei, colunista
do jornal Denver Post, escreveu
no começo desta semana que a única razão para Sakic voltar a jogar
já em abril é despedir-se da torcida.
Se isso realmente acontecer, a partir
de outubro a NHL não contará com
um dos maiores jogadores de todos os
tempos, seguramente o melhor que já
vestiu a camisa do Avalanche.
Para aqueles que acreditavam
que os jogadores
dos Ducks haviam virado
as costas para o técnico
Randy Carlyle, os últimos resultados
comprovam que essa não é a explicação
para a má colocação da equipe
na classificação. Nenhum time vence
quatro jogos decisivos em sequência
querendo que o treinador seja demitido.
Em um grupo com líderes do porte
de Scott Niedermayer, Chris Pronger e
Teemu Selanne, é difícil acreditar que
existiria qualquer espécie de boicote
ao mais vitorioso técnico da história
do time — Carlyle levou a equipe às
finais de conferência em sua primeira
temporada e ao título da Copa Stanley
na segunda, sendo eliminado na primeira
fase no ano passado. Mas, para
esclarecer a questão, o gerente geral
Bob Murray declarou: "Vai haver muitos
jogadores saindo daqui antes que
ele saia. Ele tem feito um ótimo trabalho.
Ele não é o problema."
Graças às
vitórias sobre Nashville Predators e
Phoenix Coyotes (duas contra cada),
o Anaheim manteve-se vivo na briga
por uma das últimas vagas em aberto
na Conferência Oeste.
Segundo o jornal
Denik Sport,
da República
Tcheca, os rumores
que ligavam o nome
de Jaromír Jágr ao Edmonton
Oilers eram genuinamente
verdadeiros. E quem
confirma a história é o próprio
jogador.
Os Oilers e o
Avangard Omsk concordaram
que, se a equipe russa
não se classificasse para os
playoffs ou fosse varrida na
primeira fase pelo Salavat
Yulaev, Jágr estaria liberado
para se apresentar ao
Edmonton. Apesar de se
classificar na última posição,
com 51 pontos a menos
que os líderes, o Avangard
eliminou o favorito ao título
e foi até o quinto e último
jogo da segunda fase, contra
o Ak Bars Kazan, perdido
na prorrogação.
Jágr terminou
em sétimo lugar na
pontuação, com 25 gols e 53
pontos em 55 jogos. O Tcheco
Maravilha confirmou
que ainda pode retornar à
NHL em 2009-10, mas que
isso dependerá de um acordo
entre o seu atual time e
o Edmonton ou qualquer
outro interessado. Por sua
iniciativa, ele não rescindirá
o contrato com o time da
cidade que só conhecemos
pelo tabuleiro de War.
Poderão os Canadiens superar
a agitada segunda
metade de temporada, a
inesperada troca de técnicos
e a possível venda do
time e ainda realizar uma
boa campanha nos playoffs?
Isso não parece provável
neste momento. Pelo
menos, a classificação aos
playoffs não parece ameaçada:
os Habs precisam
vencer cinco dos nove jogos
restantes para se garantir
na sequência da competição.
Mas, para quem venceu
apenas três dos últimos
dez, o risco é grande.
Nem tudo são
flores na vida
de Martin Brodeur,
o goleiro
recordista de vitórias na
NHL. Poucos dias depois
de quebrar o recorde, ele
sofreu uma considerável
derrota em um tribunal de
New Jersey. A corte determinou
que o goleiro terá
que pagar à sua ex-esposa
pensão alimentícia de US$
500 mil por ano até 2020,
ano em que seu filho mais
novo terminará o ensino
médio.
A última sentença
foi requisitada por Brodeur
após Melanie DuBois ganhar em primeira
instância pensão alimentícia
permanente. O goleiro
queria pagar a pensão
somente até sua aposentadoria, que ele previu para
2012. Sua ex-esposa pediu
até 2024, provável ano da
graduação na faculdade
do filho mais novo. Além
da pensão alimentícia,
Melanie receberá US$
132 mil anuais a título de
apoio à criança e mais de
US$ 9 milhões em outros
bens.
Brodeur e Melanie
casaram-se em agosto de
1995, dois meses depois de
o goleiro conquistar sua
primeira Copa Stanley.
De acordo com os registros
da corte, o casamento
acabou depois que Brodeur
admitiu ter um caso
com sua cunhada, que estava
vivendo em sua casa
para ajudar a cuidar das
crianças. Melanie pediu o
divórcio em 2003.
O site da Federação
Internacional de Hóquei
no Gelo
captou nossa essência. Quem de nós
nunca desejou tocar reco-reco na
bateria do Grêmio Recreativo Escola
de Samba Acadêmicos do Cubango?
Um sonho inferior apenas a ignorar
nossos calçados e ir chutar um objeto
esférico em uma rua qualquer de
nosso imenso país. Mas tem gente que
não nasce com muito "talento no pé".
Seja para aqueles passos na avenida
ou para entortar gringos com pedaladas.
Humilhados por possuirmos um "DNA falsificado", juntamos os cacos
da alma e vamos em busca de outro "esforço físico" válido. Nessa busca
alguns encontram o hóquei.
Se a matéria do IIHF.com mereceu
dez minutos por conduta anti-desportiva
pelo seu início, ela marcou um hat
trick natural quando passou a relatar
o esforço de abnegados cidadãos que,
aí sim, usando uma frase bem típica
daqui, não desistem nunca. Desde a
primeira partida disputada no Brasil,
em 1967, no Hotel Quitandinha de
Petrópolis, cidade serrana fluminense,
até o I Campeonato Brasileiro de
Hóquei, realizado recentemente no
rinque do Shopping Eldorado, em São
Paulo, é preciso prestar um tributo a
esses indivíduos persistentes que dão
um choque cruzado nas probabilidades
e tentam propagar a chama do hóquei
no gelo em nosso território.
Um desses é Alexandre Capelle Jr.,
maior referência do esporte no país —
bem acima de Robyn Regehr e Mike
Greenlay. Elogios sobram também
para os que estiveram envolvidas no
evento, seja em qual capacidade. Em
TheSlot.com.br temos alguns sonhos.
Um deles é estampar em nossa capa
um brasileiro genuíno fazendo do hóquei
no gelo seu ganha-pão, nem que
seja na ECHL.