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Thiago LealA recente maratona de jogos em Anaheim protagonizada pelos Ducks empolgou. O time que todos sonhavam e encerrava o ano na liderança da Divisão, Conferência e Liga estava mudado desde janeiro, com contusões de nomes importantes como Scott Niedermeyer, Chris Pronger, François Beauchemin e Jean-Sebastien Giguere.
Pouco a pouco, o time que muitos colocavam como favorito a Copa mesmo antes do início da temporada começava a cair. A "poupança" aberta até dezembro foi se desfazendo em derrotas consecutivas — chegou a uma seqüência de quatro — enquanto as contusões assolavam o Honda Center, e logo os Ducks foram superados por Sabres na Liga, até então rival na disputa do Troféu dos Presidentes, e em seguida Predators, na própria Conferência Oeste — que, nesse primeiro semestre de 2007, assumiu a condição que o Anaheim teve quando a liga teve início.
De uma hora para a outra, as semanas de sossego em Orange County passaram a ser perturbadas com o pé esquerdo quebrado no Pronger, o baço inflamado de Beauchemin, o capitão Scott Niedermeyer fazendo o sacrifício de se arrastar no gelo com uma leve fratura no pé e Ilya Bryzgalov atravessando momentos ruins enquanto Giguere estacionava na enfermaria. A crise chegou ao ponto da liderança no Pacífico ser ameaçada pelos irregulares Sharks. Durante o mês de fevereiro, Anaheim e San Jose passaram boas rodadas alternando sua diferença entre dois e três pontos, e os Sharks não assumiram a liderança apenas pela inconstância de seu ataque — saudades do Cheechoo de temporadas atrás?
Tal fase negra do Anaheim, que teve seu ápice no fim de janeiro, foi assunto de capa em TheSlot.com.br — semanas devidamente anunciadas por Marcelo Constantino como passageiras.
Entre algumas derrotas (seis) e um número ainda menor de vitórias (três), as coisas só vieram melhorar em Anaheim quando, depois de "longas" nove partidas ausente, Pronger pôde finalmente retornar ao rinque do Honda Center. Sua volta aconteceu em 31 de janeiro. A esta altura, Scott Niedermeyer já havia se retirado para tratar de seu pé também fraturado. Pronger assinalou uma assitência na partida.
Fevereiro foi mais um mês irregular e das 12 partidas disputadas o time perdeu sete — três delas em Anaheim. Nesse período, alternou triunfos e quedas diante dos rivais de Divisão, e a liderança no Pacífico foi garantida no detalhe de que, das três partidas contra os Sharks — duas delas em San Jose — os Ducks venceram duas, justamente as duas que jogara fora de casa. A saúde diante do vizinho foi mantida.
As boas novas viriam em março. Apesar de abrirem o mês atual com derrota para os Kings em Los Angeles, os Ducks teriam uma animadora seqüência de jogos: oito partidas consecutivas em Anaheim. Uma delas, certamente muito dura: os Nashville Predators. Ainda assim, essa é a quinzena para recuperar os pontos perdidos nas nove partidas de ausência de Pronger — mesmo com, novamente, Pronger contundido, devido a um dedo fraturado.
A Seqüência de Anaheim (chamaremos assim) vem, atualmente, em sua sexta partida, onde os Ducks enfrentam (e empatam com) os Blue Jackets, em 3-3 no terceiro período. Antes disso, cinco vitórias seguidas, sendo a mais emocionante delas um 3-2 contra os Preds nos pênaltis — bom, não que eu concorde que vencer nos pênaltis seja emocionante, mas... — ajudou a embalar os Ducks como péssimos anfitriões no mês de março. Não parece muito seguro visitar Anaheim por esses dias.
Boa parte da responsabilidade desses resultados vêm da chamada "Kid Line" (ou "Linha Juvenil", se vocês preferirem), formada por Perry-Getzlaf-Penner. Esses três meninos, com respectivamente 24, 21 e 21 anos, parceiros no menor afiliado Portland Pirates (AHL), marcaram, nos últimos sete jogos, 19 pontos. O destaque vai para Getzlaf e seus recentes oito pontos. Os números impressionam e mostram a boa perspectiva de futuro que os guris trazem para Anaheim.
O comandante das cinco vitórias consecutivas em casa, no entanto, tem sido Andy McDonald. "BigMac" marcou oito pontos nas últimas cinco partidas e, certamente, temporadas futuras usará um C no ombro — mais um #19 a ser ídolo na NHL?
A defesa alterna seu destaque com Jean-Sebastian Giguere. Apesar de em partidas como na vitória sobre os Predators Niedermeyer & cia. brilhar ao deixar o time de Nashville chutar apenas 14 vezes, em outras tudo fica com as luvas de Giguere, como os 31 chutes que tomou do San Jose — e apenas um passou. Ao todo, Giguere, que atuou em quatro das cinco partidas tomou 96 chutes e bloqueou 90 deles. Quando quer, o Giguere pode atuar muito bem.
Seja na defesa ou no ataque, o Anaheim vem desempenhando um bom papel. Abriu oito pontos de vantagem sobre Dallas e San Jose, até o fechamento desta coluna, e caminha tranqüilamente para o inédito título de divisão e pós-temporada. O segundo lugar na liga foi temporariamente alcançado — um ponto de vantagem sobre o Buffalo. Restam apenas 12 jogos em seu calendário de temporada regular. Serão sete jogos fora, cinco em casa. Cinco jogos contra rivais de Divisão — três em casa, dois fora.
Ou seja... se os Anaheim Ducks seguirem voando alto nas dependências do Honda Center e seguir um péssimo anfitrião para seus visitantes, sua torcida poderá sonhar um pouco mais que o singelo e inédito título de Divisão.
Em tempo: o jogo que vinha ocorrendo durante a concepção da coluna encerrou — e o Anaheim teve sua seqüência de cinco vitórias em casa encerrada diante dos Blue Jackets, nos pênaltis. Final 5-4 para os visitantes.
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Fonte: AnaheimDucks.com Back in black: de volta aos jogos em casa, os jovens Perry, Getzlaf e Penner têm chamado para si a responsabilidade de pontuar. |
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Fonte: AnaheimDucks.com Com oito pontos nos seus cinco jogos em casa, Andy McDonald é um dos líderes de ataque do Anaheim — e um dos prováveis futuros ídolos da franquia. |
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Fonte: AnaheimDucks.com Fim da seqüência: as cinco vitórias em casa param nos pênaltis diante dos Blue Jackets. |
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Página publicada em 14 de março de 2007.