NOTAS e FOTOS • Por: Humberto Fernandes e Thiago Leal

Sidney Crosby, "The Next One", segue como o favorito da NHL, principalmente em termos de público. O camisa 87 do Pittsburgh Penguins lidera com sobras a votação para o time da Conferência Leste no Jogo das Estrelas. Crosby soma 177.873 votos, enquanto seu adversário mais próximo, o defensor Andrei Markov do Montreal Canadiens, tem "apenas" 115.007, seguido de longe por Zdeno Chara, mais um defensor, do Boston Bruins, com 84.111. Os atacantes mais bem colocados, depois de Crosby, claro, são Daniel Alfredsson, do Ottawa Senators, e Vincent Lecavalier, do Tampa Bay Lightning. Na Conferência Oeste, a lista de mais votados é puxada por Nicklas Lidstrom, do Detroit Red Wings, com 158.349 votos, seguido do também Red Wing Henrik Zetterberg, com 115.543, e de Dion Phaneuf, do Calgary Flames, com 111.940 votos. Jarome Iginla, também dos Flames, e Pavel Datsyuk, dos Red Wings, completam o trio de atacantes. Mais de 4,17 milhões de votos foram computados até o momento. Para votar nos seus favoritos, basta acessar a página de votação da NHL.com.

Por falar em Crosby, ele é o líder da liga em número de penalidades sofridas na temporada (dados consolidados até o domingo, dia 25). Por 24 vezes os adversários tiveram de pará-lo com falta. No "mais/menos das penalidades", Crosby está na segunda colocação, com +15. Alexander Ovechkin, do Washington Capitals, é o número um, com +18 (21 penalidades sofridas, três cometidas). Entre os defensores, Dan Hamhuis, do Nashville Predators, é o líder, com +4. Do outro lado da tabela, Steve Staios, do Edmonton Oilers, tem saldo -13, não tendo sofrido nenhuma penalidade, e Chris Pronger, do Anaheim Ducks, é o segundo, com -12. Agora os bizarros: Marc-Andre Fleury, goleiro dos Penguins, cometeu cinco penalidades na temporada, enquanto Roberto Luongo, do Vancouver Canucks, sofreu quatro. Pode parecer uma estatística inútil, mas já há quem defenda a inclusão destes números no debate sobre o merecedor do Troféu Hart, concedido ao jogador mais valioso para seu time na temporada. Entre os quatro maiores pontuadores da temporada é possível estabelecer dois grupos distintos: Lecavalier e Ilya Kovalchuk (Atlanta Thrashers) de um lado, com baixo "mais/menos das penalidades", e Crosby e Zetterberg do outro, dois dos líderes da liga no quesito. Ou seja, Crosby e Zetterberg não estão apenas pontuando constantemente, como também deixam suas equipes em melhor situação para marcar gols, sofrendo penalidades e gerando vantagens numéricas. E ainda há o componente defensivo, pois o time com maioria no gelo se aproveita do rival que apenas rifa o disco para fazer passar o tempo da penalidade.
Existem informações fascinantes além da tabela de classificação da NHL. Um exercício curioso consiste em pegar os dados da temporada atual e projetá-los para 82 jogos, comparando-os em seguida com os números registrados no ano anterior. Assim sendo, o Philadelphia está a caminho de superar sua última campanha em 44 pontos, configurando uma das maiores reviravoltas da história, graças à notória melhoria no ataque e na defesa: mais 46 gols marcados e menos 68 sofridos. Por outro lado, o Buffalo apresenta declínio de 27 pontos, principalmente porque o ataque marca 70 gols a menos. Entre os extremos, casos curiosos. O Boston marca menos gols que na temporada passada, porém sofre 88 gols a menos, o que o catapulta para uma evolução de 21 pontos. Já o problema do Pittsburgh, na verdade, não é o goleiro, pois a equipe sofre exatamente o mesmo número de gols, porém marca 35 a menos, justificando a queda de 27 pontos. Enquanto isso, o NY Rangers torna-se especialista em defesa, com redução de 55 gols, o que reflete na ofensividade do time, reduzida em 61 gols. Por fim, o Tampa Bay marca mais e sofre menos gols, mas mesmo assim cai 15 pontos na tabela.

Tendo atuado em apenas uma partida pelo Phoenix Coyotes em toda temporada, David Aebischer voltou para "casa". Isso porque o goleiro, natural da Suíça, vai jogar no HC Lugano da Liga Nacional de seu país. Aebischer assinou um contrato de empréstimo de US$ 600 mil com o clube, que também bancará o salário do jogador, equivalente ao da NHL. Originalmente, o ex-Avs e Habs iria para o San Antonio Rampage, afiliado menor dos Coyotes na AHL. Mas a franquia, que já tem o goleiro David Leneveu, precisou abrir espaço no elenco para encaixar Alex Auld, rebaixado para o Rampage após a chegada de Ilya Bryzgalov a Phoenix. Aebischer já passou pelo Lugano durante o locaute da NHL na temporada 2004-05 e fez 18 jogos, vencendo 13, mas sofrendo a impressionante marca de 41 gols e não conseguindo marcar nenhum shutout. Mais sorte para Abby desta vez.

Dave Sandford/Getty Images
"Eu vou... não vou?"
E o Vesa Toskala acabou não indo, o Alex Kovalev converteu o pênalti e o Montreal Canadiens abriu a contagem para derrotar o Toronto Maple Leafs nas cobranças de pênaltis em pleno Air Canada Centre. O revés diante dos grandes rivais Habs não poderia vir em hora pior: quarta derrota consecutiva, os Leafs caíram para a 14.ª colocação na Conferência Leste e 27.ª na classificação geral. E isso enquanto os seus inimigos "franceses" se colocam em quarto na conferência e em quinto na liga. Os jornais canadenses já noticiavam a crise em Toronto logo após a partida, muito embora um time que só tenha vencido oito jogos em 25 esteja em crise há muito tempo. Contratar John Ferguson Jr. para gerente geral parece ter sido um erro, já confessado por Richard Peddie, presidente do Maple Leaf Sports & Entertainment Ltd., grupo gestor da franquia. E daqui, vamos pra onde? Esta foto não mostra só o momento que precedeu o gol de Kovalev. Ilustra a temporada atual, em que os Leafs não sabem mesmo para onde ir.
(27/11/2007)
A questão envolvendo a possível venda do Tampa Bay Lightning está encerrada e a transação foi vetada. A movimentação comercial envolveria um grupo de empresários dentre os quais se destaca Doug MacLean, ex-técnico do rival Florida Panthers, e o Palace Sports & Enterteinment, proprietário do Lightning. O grupo interessado na aquisição, conhecido por Absolute Hockey Enterprises, não teria aceito todas as cláusulas contratuais, o que causou a insatisfação das partes interessadas, culminando com o fim da negociação — apesar de o St. Petersburg Times informar que o problema seria os US$ 5 milhões de capital inicial que o Absolute Hockey Enterprises não pagou. O grupo, no entanto, informa ainda ter interesse em comprar a franquia e pretende continuar negociando com a Palace Sports & Entertainment, mesmo com a transação sendo dada por encerrada. Se o Absolute é liderado por MacLean, o Palace tem do seu lado Bill Davidson, dono do Detroit Pistons e principal nome na compra do Tampa Bay Lightning em 1999. Para o Absolute, a venda só não foi resolvida por "problemas internos do Palace S&A".
Existe um código de conduta por trás das brigas na NHL. Não é selvageria gratuita, nem atração circense. Veja o desfecho da briga entre Aaron Downey e Jared Boll. Cansados, os jogadores trocaram tapinhas nas costas, daqueles que você dá em um amigo quando o encontra na rua. Mas o melhor momento da luta aconteceu mesmo quando Downey gesticulou para que os árbitros não se intrometessem na disputa. Em outro momento de sua carreira, Downey nos fez pensar: será que brigar é tão difícil assim? Aprenda a nocautear seu adversário com apenas um soco, cortesia de Downey — aumente o volume; a torcida e os efeitos sonoros da edição merecem. Ainda não acabou. Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, certo? Errado. Aaron Voros contraria a física com um belíssimo tranco em Jiry Novotny. E a última dos Flyers: Scott Hartnell acertou a cabeça de Andrew Alberts enquanto esse estava ajoelhado no gelo. Consequência: dois jogos de suspensão. O que diabos está acontecendo na Philadelphia?

Ainda é muito cedo para se preocupar, mas o comissário Gary Bettman deu declarações à Reuters sinalizando que a NHL não participará dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, a ser realizado em Sochi, na Rússia. Segundo Bettman, as Olimpíadas geram certa tensão nos jogadores e causam desconforto nos fãs, em virtude das alterações no calendário. Os próximos Jogos Olímpicos, em 2010, serão realizados em Vancouver, no Canadá, onde a NHL planeja participar. E apenas após pesar os prós e os contras de liberar os jogadores para atuarem por suas seleções é que a liga tomará suas decisões sobre 2014. Desde já fica a dúvida: e se as Olimpíadas não fossem na Rússia, a NHL participaria? Lembremos-nos que é justamente a federação de hóquei da Rússia a única a não assinar o acordo de transferência de jogadores entre as ligas nacionais, causando, agora sim, tensão e desconforto no comissário sob o risco de perder as estrelas daquele país.
Falaceu, aos 79 anos, Tom Johnson, ex-jogador de hóquei e membro do Salão da Fama. O ex-defensor ganhou seis Copas Stanley, sendo cinco consecutivas, e um Troféu Norris. Jogou pelo Montreal Canadiens de 1947 a 1965, atuando ainda mais duas temporadas pelo Boston Bruins, time do qual se tornou assistente de gerente geral e técnico, em 1972, comandando Bobby Orr e Phil Esposito. Conhecido por ser uma pessoa leal e amiga, tanto no gelo quanto fora dele, Johnson residia em Falmouth, Massachusetts, e morreu na quarta-feira, 21, vítima de insuficiência cardíaca. Don Cherry, com sua língua afiada, não poupou elogios ao jogador: "Johnson fez de tudo. Jogou e venceu seis Copas Stanley, treinou e venceu Copas Stanley, venceu o Troféu Norris e está no Salão da Fama. O que mais você pode fazer no hóquei?". Johnson havia se aposentado em 1965 devido a uma contusão no joelho e desde que entrou para cargos administrativos e técnicos nos Bruins, permaneceu com o clube até sua aposentadoria, em 1998. Vez por outra Johnson podia ser visto na arena assistindo ao seu ex-clube jogar.
Jim McIsaac/Getty Images
O homem das 500 vitórias! Você pode não gostar do New Jersey Devils, mas é impossível não reconhecer o talento de Martin Brodeur.
(28/11/2007)
Bruce Bennett/Getty Images
Josef Vasicek vai para a galera! Nós adoramos quando o jogador faz o gol e corre para o "abraço" da torcida de peito aberto.
(28/11/2007)
Tom Mihalek/AP
A administração do Wachovia Center terá uma despesa extra neste mês para cobrir alguns reparos... Daniel Briere e Joffrey Lupul (15) apenas observam.
(26/11/2007)
Tom Mihalek/AP
Tuukka Rask cutuca o companheiro Andrew Alberts para saber se ele sobreviveu ao atropelamento.
(26/11/2007)
Jim McIsaac/Getty Images
Toca aí, parceiro! Não é um Mike Modano, tampouco um Brett Hull... mas Stephane Robidas (3) joga hóquei e por isso nós o invejamos.
(25/11/2007)
Ian Barrett/AP
Não pisque, Jocelyn Thibault. Não pisque!
(24/11/2007)
Doug Pensinger/Getty Images
Não, Scott Parker, do Colorado Avalanche, não arrancou a cabeça de Eric Godard, do Calgary Flames.
(24/11/2007)
Sean Kilpatrick/AP
O alemão Christoph Schubert faz cara feia para que a cena do seu tombo fique ainda mais bonita.
(24/11/2007)
Richard Lam/AP
De volta a Vancouver, agora como jogador do Anaheim Ducks, Todd Bertuzzi é todo sorrisos! Desde que foi trocado pelos Canucks em 2006, Bertuzzi disputou apenas 25 jogos.
(27/11/2007)
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Página publicada em 28 de novembro de 2007.