Pesquisamos o nome de cinco estrelas ou jovens craques que serão agentes
livres e que certamente inflacionarão o mercado da NHL. Eis os eleitos.
Alexander Ovechkin
Ele será agente livre restrito no fim desta temporada e já deu sinais
claros de que deseja sair de Washington. Aliás, a TheSlot.com.br já
deu até capa para esse tema
recentemente. Carente de talentos ao redor e de um time minimamente
razoável, Alex já recusou uma oferta dos Caps de nada menos que US$
7,5 milhões por ano. Somente para padrão de comparação, esse valor está
na mesma faixa do que ganham Nicklas Lidstrom, Zdeno Chara e Ryan Smyth.
O salário atual do atacante russo é de cerca de US$ 1 milhão.
Como o jogador será agente restrito, os Caps poderão cobrir qualquer
oferta por ele. Para melhorar ainda mais o panorama para os Capitals,
apesar das boas contratações para esta temporada (que, entretanto, não
renderam o esperado), ainda há espaço no orçamento. Ou seja, há grana
para cobrir qualquer oferta que porventura algum outro time fizer pelo
Calder de 2006. Resta verificar se esta seria a melhor situação para
ambas as partes.
Seja o que for, um fato futuro parece cristalino: o salário de Ovechkin
vai saltar para algo perto do teto salarial, ou seja, para lá de US$
10 milhões.
Dion Phaneuf
Revelado na mesma temporada de Ovechkin e Sidney Crosby, Phaneuf acabou
passando, digamos, um tanto pouco percebido em sua temporada de estréia.
Com apenas 22 anos de idade, trata-se do melhor jovem defensor da liga,
de longe. Defensor completo, que defende e ataca bem, que desfere trancos
sempre que possível e que não reluta em esmurrar um adversário, se necessário.
A continuar com o progresso atual, será certo que Troféus Norris virão.
Com salário ainda de novato, patéticos (para os padrões da NHL, claro)
US$ 785 mil, Phaneuf provavelmente terá fila de times oferecendo talvez
até dez vezes mais.
Por outro lado, dificilmente os Flames deixarão de cobrir qualquer oferta,
ainda mais em se tratando de um raro valor como Phaneuf, que parece
feliz em Calgary — onde já atua como defensor número 1. Só que a folha
salarial dos Flames já anda gravemente comprometida, beirando os US$
40 milhões para a próxima temporada, e ainda precisando fechar outros
contratos.
No fim das contas eu aposto tranqüilamente que Phaneuf fica em Calgary
— mas ganhando muito mais.
Marian Hossa
Hossa já é um craque escolado e já ganha muito bem — na faixa dos US$
7 milhões —, mas que certamente demandará um aumento. Provavelmente
ele adoraria ser negociado para um time competitivo, dada a situação
chove-não-molha dos Thrashers. Para melhorar ainda mais a situação do
jogador, ele se tornará agente livre irrestrito no fim da temporada.
Enquanto as partes negociam uma possível renovação, há um grande burburinho
pela liga sobre se os Thrashers negociarão Hossa ou não até o dia-limite.
É certo que, se não houver acordo até lá, a tentação será grande. Até
porque as ofertas deverão ser fartas.
Porém, com o time na briga por uma vaga nos playoffs, a gerência provavelmente
só o negociará se o retorno imediato for convidativo, ou seja, nada
de rechear o bolo da oferta com prospectos e escolhas altas.
Goleador como é, Hossa certamente conseguirá arrancar mais dólares para
a próxima temporada, possivelmente aumentando seu salário na faixa de
20%.
Jay Bouwmeester
O defensor do Florida já foi mais promissor, ou melhor, projetava ser
mais do que parece estar se tornando. Talvez porque esteja empacado
no eterno time-do-futuro, onde o bom futuro nunca chega e o presente
é sempre torturante. Isso acaba afetando o bom hóquei deste jovem defensor
de 24 anos, que ganha razoáveis US$ 2,2 milhões, mas que, se testado
no mercado, poderia ganhar o dobro ou mais. E, melhor ainda, jogar por
um time que efetivamente seja competitivo.
Como ele será agente livre restrito no fim da temporada, pode ser que
ele próprio force uma saída ou uma negociação para outro lugar, ou ainda
que se torne o maior salário do time, ao lado de Olli Jokinen, na faixa
dos US$ 5 milhões. Neste último caso, ele se submeteria a uma tendência
atual dos Panthers, que anda fechando contratos mais longos com jovens
promessas. No fim das contas o que parece certo mesmo é que o salário
de Bouwmeester vai disparar.
Corey Perry
No momento chega a ser exagero classificar Perry como um jovem craque,
mas trata-se pelo menos de um notável jovem talento. Pura adjetivação?
Talvez.
Depois de perder outro agente livre restrito, Dustin Penner, para uma
oferta financeiramente pornográfica do Edmonton Oilers antes desta temporada,
dificilmente a gerência dos Ducks vai deixar o tempo passar para assegurar
logo um novo contrato para Perry. O problema atual para o time é abrir
espaço em sua folha salarial para comportar o aumento — e essa abertura
já vem sendo cuidadosamente traçada, embora ainda insuficiente: o salário
atual de Perry está na faixa dos US$ 650 mil.
É claro que esse valor não vai aumentar em, digamos, dez vezes, mas
certamente dará um salto considerável — para algo entre US$ 4-5 milhões.
Jim McIsaac/Getty Images Alex Ovechkin: o mundo a seus pés? |
Mark J. Terrill/AP Dion Phaneuf, provavelmente o melhor jovem defensor da NHL, deve ficar em Calgary — mas ganhando muito mais. |