Por: Marco Aurelio Lopes

Assim como este capítulo do Diário do Torcedor, a final da Copa Stanley chega nesta terça-feira a Pittsburgh não da maneira mais desejada, afinal, perdendo por 2 a 0, os Penguins precisam das duas vitórias em casa, ou seja, mais pressão ainda. A partida já começou difícil aqui em casa, já que estava complicado achar um sinal decente para acompanhar, e assim ficou pelo pré-jogo. Homenagem em Detroit, homenagem em Pittsburgh, com Mario Lemieux fazendo o face-off inaugural. Mas foi só Hossa pisar no gelo que os aplausos viraram vaias, o que era mais do que normal. 5 minutos, voltam os aplausos, quando Talbot recebe de Malkin e fuzila contra Osgood, que não pode fazer nada, 1 a 0 Penguins. Quen só pude ver no replay, já que o sinal caíra minutos antes. Mas logo depois, a empolgação virou apreensão quando a jogada de Leino fez o suficiente para desequilibrar Fleury e deixar Zetterberg livre para fazer no gol desprotegido, 1 a 1. E não durou muito para o empate se transformar em derrota, quando a penalidade em Orpik deu a vantagem numérica que os Wings precisavam para que Franzen, livre, marcasse o segundo gol do time vermelho. Depois dos Penguins serem beneficiados por um excesso de jogadores não marcado, foi a vez de Cleary ser penalizado, e na vantagem, Letang finalmente produziu alguma coisa pela defesa dos Pens, empatando novamente o jogo. Os Penguins ainda tiveram outra vantagem numérica no final do período, mas não deu em nada. Depois de 20 minutos, 2 a 2, e a sensação que os Penguins escaparam de ver a final escorregando pelos dedos logo no primeiro período do jogo 3.

Precisamos de 3 minutos para que o segundo período esquentasse. Quando Fedotenko errou o passe, Samuelsson aproveitou para ficar cara a cara com o Fleury, mas sua tacada acertou a trave, na sequência, Malkin teve sua boa chance, mas Osgood fez outra boa defesa. Mas por um bom tempo isso foi tudo que tive para contar no período. Wings com mais tacadas a gol, mas nenhum dos times teve uma grande chance. Aos 15 minutos, uma penalidade dos Penguins deu aos Wings mais uma vantagem numérica. Mas nos dois minutos com um homem a mais, o máximo que conseguiram foi mais uma tacada na trave, desta vez, com Rafalski. O Penguins continuava confuso na sua zona defensiva, mas por sorte o período acabou. O fato é que o Penguins ainda não mostrou capacidade para vencer o jogo, mas tem apenas mais 20 minutos para fazê-lo.

Sabendo disso, começaram o terceiro período buscando ao menos pressionar Osgood, arriscando algumas tacadas, mas nada que comprometesse o gol dos Wings. O jogo era mais estudado, as equipes evitavam errar, até que na metade do período, uma interferência de Ericsson deu aos Penguins mais uma vantagem, e como Letang no primeiro período, foi a vez de Gonchar finalmente desencantar, depois de uma infinita e quase irritante troca de passes. 3 a 2, Penguins de volta à liderança, a torcida – e este torcedor – finalmente volta a liberar sua alegria, que andava contida. Os últimos minutos foram tensos, um longo turno da linha de Hossa levou perigo, ainda mais que Cooke ficou segundos incontáveis sem seu taco. Na sequência, Crosby achou Kunitz livre, mas este desperdiçou. Momentos depois, Talbot teve duas chances, uma na trave, outra defendida por Osgood. A 3 minutos do fim, parece que os times estavam se poupando para um final eletrizante. Hossa parecia estar o tempo todo no gelo, e sua presença parecia inflamar mais a torcida, que passava essa energia para o time, que se não era brilhante na frente, ao menos sabia conter as investidas dos Wings. Último minuto, Osgood fora do gol. Orpik intercepta um passe, encontra Talbot, no meio do gelo, que nem espera, manda para o gol vazio, 4 a 2 Penguins, e a torcida finalmente pode comemorar a primeira vitória nas finais. Helm ainda tentou uma última tacada, apenas para ver Fleury defendê-la com segurança, e ganhar mais moral para o próximo jogo. Wings ainda lideram, 2 a 1 na série. Não foi o jogo dos sonhos, nem uma exibição de gala dos Penguins, mas ao menos foram eficientes e souberam se manter em momentos que a partida parecia fora do alcance. Estamos vivos. É aproveitar o momento para o jogo 4, na quinta-feira. Espero vocês!

Marco Aurelio Lopes queria estar com sua lindinha...

AP
Hoje não, Osgood. Dois gols em tacadas de longe que o goleiro doWings não viu. Aqui ele se pergunta quando seu time vai parar de tomar gols em desvantagem numérica.
(02/06/2009)

Jim McIsaac/Getty Images
Toda a turma reunida: Gonchar, que marcou o gol da vitória, Talbot, herói do jogo com 2 gols e Malkin, que contribuiu com 3 assistências depois da briga no jogo 2.
(02/06/2009)

AP
Letang, que recolocou os Penguins no jogo quando a coisa estava feia, cumprimenta Fleury pela primeira vitória na série final.
(02/06/2009)

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Página publicada em 3 de junho de 2009.