Por: Marcelo Constantino

Os times já disputaram 20 ou mais jogos, o que dá cerca de 25% da temporada. Os maiores favoritos da cada lado (Washington, Pittsburgh, San Jose, Chicago) lideram suas divisões, mas não faltam surpresas — positivas e negativas — nesta temporada. Vamos a algumas delas, sem ordem classificatória.

Anze Kopitar liderando a liga em pontos
A esta altura da temporada, na verdade a qualquer altura, os nomes que quase todos teriam na cabeça para liderar a liga em pontos deveriam resumir-se basicamente a Alex Ovenchkin, Evgeni Malkin e Sidney Crosby. Porém, após o último fim de semana, quem lidera é Anze Kopitar com 33 pontos, fazendo uma temporada espetacular pelo Los Angeles Kings. Joe Thornton — esse sim, não causaria espanto se alguém previsse que lideraria a liga em pontos — vem logo atrás e pode até estar na frente no dia da publicação desta edição, mas em nada apaga o brilho e a saudável surpresa de Kopitar.

Dustin Penner
Depois de um belo começo de carreira (uma Copa Stanley pelo Anaheim Ducks, e em seguida de um gordo contrato com o Edmonton resultante da insanidade de Kevin Lowe), Penner está mostrando que vale quanto pesa no orçamento dos Oilers. Ele tem mais pontos que jogadores como Sidney Crosby, Jarome Iginla e Henrik Zetterberg. Daqui a pouco — talvez com 30 e poucos jogos — ele igualará a produção da temporada passada inteira.

Colorado Avalanche entre os líderes do Oeste
Enquanto a maioria imaginava uma temporada de reconstrução, de experiências e de mais experiência para os mais jovens, eis que o Avalanche surge à frente de pesos pesados do Oeste. Palmas e odes ao goleiro Craig Anderson, que merecia uma citação individual entre as dez surpresas da temporada.

Phoenix Coyotes no grupo de cima da tabela no Oeste
Quase ninguém pensava em hóquei quando se falava dos Coyotes. O foco era, e ainda é, para onde a franquia irá. A temporada era o de menos, o time provavelmente apenas figuraria. O público local se esvaiu. Mas o time joga mais que honestamente, joga brigando para ficar entre os grandes.

Ottawa Senators brigando para estar no grupo de cima da tabela no Leste O time que certamente venceria uma Copa Stanley — era apenas questão de tempo, a hora chegaria — não venceu, caiu e muita gente acreditava que permaneceria caído. Mas eis que lá estão eles, sem Danny Heatley e sem precisar de um goleiro de ponta, vencendo regularmente. Milan Michalek parece ter se encontrado por lá.

Detroit Red Wings brigando para estar entre os oito primeiros do Oeste
Por mais que fosse prevista uma queda do time com os desfalques para a temporada, e sobretudo com os desfalques ao longo da temporada, e por mais que estejam melhorando, quem imaginaria vê-los ainda brigando para subir a esta altura da temporada?

Boston Bruins brigando para estar entre os oito primeiros do Leste
Tal qual o Detroit, eles estão se recuperando de um mau início. Mas ainda estão brigando para ficar no complicado bolo de cima — apenas dois pontos separavam o 5º colocado do 12º depois da rodada do último domingo. A ausência de Marc Savard certamente atrapalha, mas esse era um time cotado para brigar pelas primeiras posições de qualquer forma.

Anaheim Ducks no lixo
Mesmo com as saídas de dois dos pilares defensivos da equipe, mesmo lembrando que a temporada passada já havia sido complicada (a despeito da bela campanha nos playoffs), ainda assim não dá para aceitar o Anaheim pilotando a lanterna do Oeste. O time tem mais qualidade que isso. Pelo menos era o que eu acreditava.

Carolina Hurricanes no lixo
Tudo bem que eles estão dentro da famosa irregularidade regular, na qual fazem uma temporada ruim após uma boa. Mas esta está ruim demais, além da conta. O time é praticamente o mesmo do ano passado. No papel, porque na prática parece ser o time B desse time do ano passado. A coisa andou tão ruim que começaram até a envolver Eric Staal em boatos. As coisas melhoraram um pouco na semana passada, com três vitórias em quatro jogos. Mas é necessário mais.

Toronto Maple Leafs ainda um lixo, mesmo com as contratações
Ok, aqui você pode dizer que esta é uma surpresa somente para mim, que acreditava numa temporada redentora da equipe. Você tem razão, eu estava contra a corrente. O time está um horror, como nos últimos anos.

Na quarta-feira passada, no momento em que deveríamos estar fechando a edição, parte de nossa equipe se entretinha com o jogo Dallas x Detroit. Jogo morno, com atuação muito boa dos Stars.

No terceiro período, o Dallas vencia por 2-1. Num determinado momento, o atacante Brad May disparou de backhand ao gol de Alex Auld. Por alguns segundos ninguém sabia onde o disco tinha ido parar. Então os juízes apitaram.

Assim que os jogadores saíram de suas posições, May viu que o disco estava dentro do gol. Ou seja, ele descobriu que havia marcado o gol. Foi surpresa para ele, assim como para nós que assistíamos pela Internet. E também para os árbitros e para todos os demais presentes naquele estádio, inclusive os jogadores.

Natural que o lance tivesse de ser revisado em vídeo. E foi. E todos viram que o disco entrou e que os juízes apitaram alguns segundos depois, por não saberem onde estava o disco. O vídeo era claro, disco entrou, o apito veio depois. Gol, certo?

Não. Os juízes invalidaram o gol. Sim, foi gol, mas eles não viram. Eles não apitaram gol, apitaram para parar o jogo. Mas com o disco dentro do gol, tendo entrado durante o tempo de jogo? Sim, mas que se dane o vídeo, não foi gol e ponto final!

E assim tudo seguiu em frente. Fica a questão: para que, então, rever o lance?

Como de hábito, a NHL protegeu a decisão dos juizes e veio a público com o tradicional blablablá de justificativas para que a decisão errada fosse mantida, a despeito da revisão em vídeo. Só não conseguiu responder o óbvio: para que, então, rever o lance?

Marcelo Constantino agradece a existência do ar-condicionado.

Joel Auerbach/Getty Images
Uma das gratas surpresas da temporada, Anze Kopitar liderava a NHL em pontos após a rodada do último domingo.
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Página publicada em 25 de novembro de 2009.