Como já é tradicional na TheSlot.com.br, eis os pitacos dos integrantes da equipe para os confrontos da segunda fase dos playoffs de 2007 da NHL.

Alessander Laurentino — Buffalo 4-3
Alexandre Giesbrecht — Os Rangers pegaram o bêbado na primeira fase e fizeram a lição de casa. Bastou anular Marian Hossa (Ilya Kovalchuk tem se auto-neutralizado sem ajuda externa). Só que o ataque dos Sabres não pode ser neutralizado anulando-se um só jogador. Para piorar ainda mais, o time de Buffalo mostrou que pode vencer uma série sem jogar seu melhor hóquei. Se eles acordarem, a série acaba cedo. Caso contrário, a série dura uns seis jogos. Vou, pois, na média. Buffalo 4-1
Daniel Novais — Finalmente, o conto de fadas dos Rangers vai chegar ao fim. Pegar um despreparado Atlanta e varrer não significa muito frente aos maiores favoritos a representar o leste na final da Copa Stanley. Buffalo 4-1
Eduardo Costa — Henrik Lundqvist está quente, Michael Nylander e Sean Avery iluminados, Jaromir Jagr dominante, mas do outro lado não estará um time de uma linha e meia, caso dos Thrashers. Não há equipe com mais profundidade que os Sabres. Para onde se olha, há sempre alguém com atributos para decidir uma partida. Os Rangers terão uma chance se alguém conseguir tirar aquela calma budista da face de Ryan Miller, semeando o caos na área do jovem goleiro. Buffalo 4-2
Fabiano Pereira — Desde a chegada de Avery a equipe novaiorquina vem jogando muito bem, além de ter conseguido mandar para o gelo três linhas decentes e um renascido Jagr. Porém, estamos falando do vencedor do Troféu dos Presidentes. Os Sabres são sim a equipe a ser batida. Quatro linhas potentes, uma defesa que se não é física, é muito boa e um ótimo goleiro em Miller. Claro que do lado dos Rangers, Lundqvist vem pegando fogo, o que torna esta série muito interessante. Não acho que vai ser fácil para os Sabres. Isso se eles vencerem. Buffalo 4-2
Humberto Fernandes — O que precisa ser dito sobre os Sabres: eles não apresentaram o seu melhor hóquei na primeira rodada. Contra os Rangers será preciso mais empenho e dedicação, principalmente para não perder a paciência diante da provocação do adversário e de seu quente goleiro Lundqvist. Já os Rangers, o time do momento, tentarão surpreender o mundo eliminando o melhor time da liga. Missão quase impossível. Buffalo 4-1
Marcelo Constantino — Estou subestimando os Rangers? Não, os Thrashers foram o que havia de pior nesses playoffs. Há um abismo de qualidade e experiência em playoffs entre o Atlanta e o Buffalo, coisa da água para o vinho. Há talento, profundidade e conjunto de sobra do lado dos Sabres. Buffalo 4-1
Marco Aurelio Lopes — Buffalo fez o que era esperado e agora precisa enfrentar o outro time de Nova York, os Rangers. O longo tempo parado pode ser mais benéfico para os veteranos Rangers do que para os empolgados Sabres, embora este aspecto não deva ser determinante por mais que dois jogos. Mas mesmo com a boa campanha, os Rangers do surpreendente Avery e do redivivo Jagr terão uma pedreira chamada Buffalo Sabres, que conta com Thomas Vanek em ótima fase, além das inúmeras peças já conhecidas (Chris Drury, Daniel Briere, Maxim Afinogenov, etc). Buffalo 4-1
Thiago Leal — Adianto que certamente até o fim desta temporada aposto no Buffalo — pelo menos aqui no leste. Por que deveria ser diferente? O Buffalo passeou na primeira rodada, como era previsto, e agora não deve ser diferente. Está certo que os Rangers surpreenderam ao varrer o fraco Atlanta com tanta facilidade... mas isso não é algo que vá mudar a vida de ninguém, tão irregular que aquele time de Atlanta é. A consistência dos Sabres, que quase deu certo ano passado, este ano dará. Teremos Buffalo decidindo a Copa Stanley, e pra isso primeiro será necessária uma vitória nesta série sobre os Rangers. Só me pergunto se será fácil ou se os Rangers dificultarão de alguma forma — porque eu não imagino como. Buffalo 4-2
Igor Vasconcelos — Nenhum dos dois times teve dificuldades na primeira rodada. Chegam descansados para essa batalha. O Buffalo, por ter mais time e jogar um hóquei envolvente e contagiante com as quatro linhas, deve chegar à final de conferência, mas com um pouco (ou muito?) mais de dificuldades do que teve contra o time de azul e laranja. Buffalo 4-3

Alessander Laurentino — Ottawa 4-1
Alexandre Giesbrecht — Mais uma vez foi comprovado que o verdadeiro esquema tático dos Devils é confiar em Martin Brodeur e fechar os olhos. Ignore o fato de que ele sofreu três gols em cada um dos quatro primeiros jogos. O que importa é que ele foi consistente e deu tranqüilidade para seu time buscar os gols de que precisava. Do outro lado da fronteira, os Senators derrotaram os Penguins com fogo nos olhos — e não por causa do time de Pittsburgh em si. Parecia que o pessoal de Ottawa tinha algo a provar. E ainda tem. Esta série vai ser muito interessante. New Jersey 4-3
Daniel Novais — Matando a saudade de 2003, quando estes dois times jogaram a final de conferência com vitória dos Devils por 4-3 na série, com placar decidido em 3-2 no último jogo faltando dois minutos para o final. Mas ambos os times mudaram muito. Só restou uma coisa: ss Devils continuam atuando daquela forma super-divertida de se assistir. Que a sua corrida termine frente aos muito mais interessantes Senators. Ottawa 4-3
Eduardo Costa — É inegável a excelência defensiva dos Devils, mas podem cobrar: a retaguarda que se destacará nessa série será a dos Senators. Anton Volchenkov deverá se tornar o pesadelo na vida de Patrik Elias e Brian Gionta. Falando em agressividade, prestem atenção em Christoph Schubert, ele será outro destaque desse embate. Brodeur deverá "roubar" um ou dois jogos, mas isso não será suficiente. Ottawa 4-2
Fabiano Pereira — Brodeur foi humano em vários jogos, o que causou estranhamento em muitos. Mas, na hora que mais importou, ele foi lá e parou o Lightning. Essa é a força dos Devils, além de uma ressurgida linha de Elias, Scott Gomez e Gionta, e do bom Zach Parise. A defesa, aquela que sabemos. O estilo, aquele odioso. Mas eficiente na hora que conta. E eles enfrentam a equipe mais perseguida por toda a imprensa, os Senators, que são taxados de amarelões a todo momento, porém com um dos melhores ataques da liga, além de uma defesa sem grandes nomes exceto por Wade Redden, mas que fez um trabalho sensacional sobre Sidney Crosby e companhia. Talvez (e este é um grande talvez), o problema dos Sens esteja no gol. Ray Emery é seguro? Fica a pergunta. Ottawa 4-3
Humberto Fernandes — Emery de fato tem sido confiável, o que tranquiliza o Ottawa Senators. Já do outro lado, Brodeur não fez os melhores jogos de sua carreira, tamanha a expectativa de que ele roube vitórias para os Devils. Os Senators têm muito o que provar em matéria de playoffs e nesse confronto a experiência não será um fator como na rodada anterior. Será preciso endurecer o jogo contra as duas linhas de ataque dos Devils. Ottawa 4-2
Marcelo Constantino — Um grande duelo da primazia ofensiva dos Senators contra a primazia defensiva dos Devils. Jogo de ataque contra defesa? Engano seu, os Devils partem, e muito bem, para o ataque, conforme demonstraram contra o Lightning. Só que agora enfrentam um time de muito mais habilidade, mais profundidade e com um goleiro melhor. Ottawa 4-2
Marco Aurelio Lopes — Mais uma série ataque contra defesa na história dos Devils — e eles não se incomodam com isso. Anularam o trio de Tampa Bay e agora precisam fazer o mesmo contra o potente ataque Senator, que vem contando com gols de fontes inesperadas como Chris Kelly, Chris Neil e outros jogadores das linhas inferiores, o que pode ser fatal para o time de New Jersey, que precisará mais do que simplesmente anular Jason Spezza e Dany Heatley. No gol, Brodeur não poderá mais cometer as falhas que cometeu na primeira rodada. New Jersey 4-3
Thiago Leal —Depois de todos esses anos, por que eu deveria confiar no Ottawa? Fico com o agarra-agarra dos Devils nesta série. Não é hoje que a história vai mudar. New Jersey 4-2
Igor Vasconcelos — Da última vez apostei em Brodeur e me dei bem, pois o goleiro fechou o gol no jogo 6, garantindo meus dois pontinhos na disputa acirrada para não ficar com a lanterna do bolão! Por isso, vou manter-me firme e forte com o palpite no menino Martin! New Jersey 4-2

Alessander Laurentino — Detroit 4-2
Alexandre Giesbrecht — Uma única pessoa impediu que os Wings varressem os Flames na primeira fase: Miikka Kiprusoff. Ou seja, a vitória foi mais fácil do que pode ter parecido. Quem vem pela frente agora é o ex-time de Kiprusoff, os Sharks, que não têm um goleiro quente assim — mas Evgeni Nabokov também é muito bom e, caso ele não dê conta do recado, Vesa Toskala está pronto para entrar. Ambos os times mostraram todo o seu jogo físico na primeira fase, então a chapa pode esquentar nesta série, que talvez seja a mais equilibrada da segunda fase. Como tenho de apostar em alguém, vou usar como critério de desempate o "Fator Thornton". San Jose 4-3
Daniel Novais — O trauma dos Wings de cair cedo já foi superado. Os Wings já mostraram na temporada regular ser um time ainda acima da média da liga, e mesmo havendo um excesso de talento nos Sharks, não deve ser suficiente para passar por cima dos experimentados Red Wings — basta Hasek se manter saudável. Detroit 4-3
Eduardo Costa — Desde o guia da temporada digo que os Sharks são os favoritos do oeste, mudar de opinião agora seria um disparate. O time possui mais juventude, tamanho e profundidade. Milan Michalek continua sua jornada rumo ao estrelato. Já os Wings terão a seu favor o fato de que não será considerado o favorito dessa série, mesmo tendo mando de gelo. Isso é bom, a pressão estará com os Sharks. Mais uma razão para apostar no time californiano? Minha turva, para não dizer inexistente, visão "hoqueística" quase sempre se equivoca nos palpites, apostando nos Sharks estarei ajudando (?) os Red Wings. San Jose 4-3
Fabiano Pereira — Vários jogadores habilidosos e dois dos melhores goleiros da liga, ainda que ambos tenham dúvidas a serem respondidas. Dominik Hasek e Nabokov fizeram boas séries na primeira rodada. Na frente, os dois times podem mandar quatro linhas realmente boas sempre ao gelo, mas os Sharks têm atacantes maiores e mais físicos. Mas na defesa, os Wings são mais experientes. Pra mim, o que vai decidir de verdade esta série é se as peças chaves dos ataques vão conseguir pontuar. Joe Thornton e Patrick Marleau tiveram ótimos jogos contra os Preds. E Pavel Datsyuk finalmente desencantou. Só que os Sharks têm um poder de fogo gigantesco e maior profundidade. San Jose 4-2
Humberto Fernandes — Dessa vez o Detroit Red Wings não amarelou, embora tenha repetido alguns erros do passado. A primeira rodada exigiu muito do time, que superou as adversidades e provou sua força. Porém o fim da linha chegou: é impossível apostar contra o San Jose Sharks. O time de Thornton é mais confiável, mais duro e mais veloz. O goleiro Nabokov não deve nada para Hasek e os Sharks venceram a guerra (literalmente) contra o Nashville Predators. Os Red Wings entram no confronto com a lembrança das duas humilhações sofridas em San Jose durante a temporada regular. San Jose 4-2
Marcelo Constantino — Os Wings cumpriram sua missão nesses playoffs, que era espantar uma nova eliminação precoce. Agora enfrentam um time claramente superior: o San Jose é mais rápido, mais forte fisicamente e mais goleador. Se o Detroit conseguir manter suas características boas — controlar o disco e fuzilar o gol dos Sharks — a série chega a seis jogos. Mas os Sharks vencem. San Jose 4-2
Marco Aurelio Lopes — Os Red Wings superaram o trauma recente e os Sharks venceram um série que parecia tensa. Se os Wings descobriram Valtteri Filppula na primeira rodada, os Sharks descobriram Michalek, sinônimo de mais dor de cabeça para as defesas. Espere um duelo entre a experiência de Detroit contra a explosão de San Jose, além do confronto entre Hasek e Nabokov, que parecem estar voltando aos bons tempos. O fator casa deve ser mais determinante ainda nessas séries. Alguém ouviu falar "Hockeytown"? Detroit 4-3
Thiago Leal — Os Sharks fizeram da série contra os Preds um trabalho mais fácil do que se imaginava. Nabokov fechou o gol, o ataque com Marleau, Jonathan Cheechoo, Thornton e Michalek tem sido o mais aterrorizante destes playoffs e Craig Rivet vem bloqueando as linhas adversárias a qualquer custo. Isso pra mim torna os Sharks mais uma vez favoritos nesses confronto, embora seja estranho ver os Wings pela quarta vez serem eliminados precocemente em pós-temporada. Se por algumas vezes foi difícil para os Wings baterem Kiprusoff, certamente será contra Nabokov, e aqui o time que têm pela frente é melhor. San Jose 4-3
Igor Vasconcelos — Dessa vez os Wings não terão a moleza (?) que tiveram contra os Flames. Dessa vez não tem Kipper defendendo trezentos chutes por noite. Dessa vez tem um time inteiro para se jogar contra. San Jose 4-2

Alessander Laurentino — Anaheim 4-2
Alexandre Giesbrecht — Os Ducks chegaram aqui com facilidade. Os Canucks, aos trancos e barrancos — no jogo 7 e sem marcar gols em nenhuma de suas três derrotas. O anêmico ataque dos Canucks na primeira fase agora encontra a boa defesa dos Ducks, que foi bem contra o Wild. E os Ducks ainda vêm descansados. à exceção de Roberto Luongo (que não verá do outro lado um balde d'água, mas, sim, Jean-Sébastien Giguere), não consigo encontrar um único motivo para apostar no time canadense. Anaheim 4-1
Daniel Novais — Os Canucks basearam todos os seus passos em Luongo, e assim devem se manter nessa série. Porém, os Ducks já se mostraram capazes de superar defesas muito mais coesas, como a montada por Jacques Lemaire em Minnesota. Por isso, Luongo parece ser uma mera commodity dos Canucks, que suavizará uma derrota mais contundente. Anaheim 4-2
Eduardo Costa — Teoricamente a série mais desigual. Samuel Pahlsson, Travis Moen e Rob Niedermayer neutralizaram os eslovacos do Wild, agora terão pela frente os gêmeos Sedin. Vai ser brutal. Se pelo menos Markus Naslund ainda estivesse na ativa. O quê? Naslund ainda joga? Com isso, Luongo é a única esperança. Anaheim 4-1
Fabiano Pereira — Se os Ducks jogarem como jogaram contra o Wild, os Canucks que se preparem. A equipe canadense teve problemas para marcar gols contra os Stars. Os Ducks têm uma das melhores duplas de goleiros da liga e uma defesa que deve ser a melhor, com Scott Niedermayer, Chris Pronger e Francois Beauchemin. E no ataque, aquele monte de garotos e o rejuvenescido Teemu Selanne. Convenhamos, os Canucks não são o Wild defensivamente, porém (e que porém), tem Luongo no gol. E isso sim será um problema. Luongo sempre dará uma chance para sua equipe vencer. Nem que seja por 1 a 0. Anaheim 4-2
Humberto Fernandes — Luongo é mesmo um gigante, mas Giguere também é. O Vancouver Canucks joga muito bem defensivamente, mas o Anaheim Ducks se defende ainda melhor. O ataque dos Canucks não é uma maravilha, mas os Ducks atacando são implacáveis. Não há comparação onde o Vancouver leve vantagem, principalmente depois de quase sofrer uma virada histórica na primeira rodada. Para quanto caiu a confiança do time? Os Ducks continuarão brigando, como de costume. Anaheim 4-1
Marcelo Constantino — Eu aposto nesta como a melhor série dessas semifinais, acreditando ainda que os atacantes dos Canucks vão acordar. Luongo x Giguere vai ser daqueles duelos bonitos de se ver, talvez um repeteco do belo duelo Luongo x Turco. Mas os Ducks são superiores aos Stars e devem prevalecer no fim. Anaheim 4-3
Marco Aurelio Lopes — Os Ducks descansavam enquanto viam o Vancouver precisar de sete jogos, mais prorrogações. Não bastasse essa vantagem, lembrem-se que Anaheim tem um dos mais físicos corpo de atacantes da NHL, e não pensarão duas vezes em se lançar contra o até aqui fenomenal Luongo. Vancouver vai precisar de mais doação das suas estrelas, e precisará usar de muita velocidade se quiser sucesso nesta série. Mas para quem vem de uma maratona, isso não será tão fácil. Para encerrar, Anaheim tem seus dois goleiros prontos, pois Ilya Bryzgalov substituiu e bem Giguere quando este se ausentou por problemas familiares. Anaheim 4-1
Thiago Leal — Acredito mais no time do Anaheim do que na equipe de Vancouver. O trabalho em Anaheim funcionou nesta primeira rodada de playoffs mais ou menos como em dezembro, quando a equipe dominou a liga. Pronger e Niedermayer não só segurando na defesa como pontuando sempre, a "Linha Juvenil" de Dustin Penner, Corey Perry e Ryan Getzlaf fazendo a diferença e Giguere de volta ao gol. Os Canucks têm Luongo, mas o ataque precisa melhorar, precisa de pontuadores mais constantes. O serviço não pode ficar todo nas costas de Trevor Linden e Daniel Sedin — e, um pouquinho só, com Taylor Pyatt. Essa é a diferença que deve fazer os Ducks levarem a série. Anaheim 4-2
Igor Vasconcelos — Durante a temporada inteira eu li na TheSlot.com.br que o time dos Ducks era especialmente preparado para os playoffs. Então, chegou a sua hora! Anaheim 4-2

• Capa
• Editorial
• A segunda metade da série Canucks x Stars
• Olhando para trás
• Estrela solitária
• Nadando entre polvos e tubarões
• Wings x Flames: que série foi essa?
• O matador do bigode marcante
• Os (quase) melhores do mundo em ação
• Segunda rodada dos playoffs: nossos pitacos