Achei que era uma boa hora para publicar minha proposta para o Clássico de Inverno 2011. Há rumores em vários veículos da imprensa de que a NHL está considerando a ideia de ter dois jogos ao ar livre no Ano Novo de 2011. Não vejo absolutamente nenhum motivo para que minha proposta não seja um desses dois jogos.

Nesta altura, você deve estar se perguntando por que um blog dos Stars discutiria possibilidades de Clássico de Inverno. Afinal, mesmo na segunda metade de dezembro fez mais de 20 graus em Dallas. Antes de Boston x Philly no Fenway Park, os Blackhawks receberam os Red Wings e os Sabres receberam os Pens. Tudo começou com o "Clássico da Memória" em Edmonton, com Oilers e Canadiens, em 2003... Por que é que sempre têm de ser os times do norte a se divertir?

Proponho que o Dallas Stars seja o primeiro time da NHL localizado no sul a participar de um Clássico de Inverno. Sabendo que temperaturas congelantes não são comuns no norte do Texas no Ano Novo, e lembrando os 26 anos de história que esta franquia teve antes de se mudar para o estado da estrela solitária dezesseis anos atrás, só faz sentido para os Stars jogar ao ar livre em Minnesota, com o Wild servindo de anfitrião. Um confronto entre Stars e Wild em Minnesota pelo Clássico de Inverno seria uma comemoração do esporte em uma das regiões mais históricas para o hóquei americano como um todo. (Além disso, é a única resposta natural para a pergunta "Que time do norte eu posso escolher para os Stars terem uma chance de jogar em um Clássico de Inverno antes de a novidade se esgotar completamente?".)

Depois de escolher os times e a localidade, era hora de selecionar um estádio. Minnesota terá dois novos estádios ao ar livre inaugurados a tempo para o Clássico de Inverno 2011. O Minnesota Twins, da MLB, inaugurará o Target Field na temporada de 2010, enquanto os Golden Gophers, do futebol americano universitário, terão o novo TCF Bank Stadium. Ambos têm seus prós e contras. O TCF Bank Stadium tem uma capacidade muito maior, mas está localizado em um campus universitário, com uma dificuldade maior de estacionamento. Já o Target Field tem uma capacidade menor e uma forma menos natural, mas fica em um local muito mais gerenciável e com amplas opções de estacionamento. Escolhi o Target Field, colocando o Clássico de Inverno em um estádio de beisebol pela terceira temporada seguida, como se pode ver na figura 1 ao lado.

Com o estádio também resolvido, decidi criar uma logomarca para o evento. Com ambos os times tendo fortes laços com Minnesota, minha inspiração foi óbvia. Comecei com o contorno do estado, e adicionei elementos gráficos do time da casa, o Wild. Sendo um jogo no inverno, optei por mudar a cor das árvores para um branco cor de neve. O logo, que pode ser visto na figura 2 ao lado, não é nada especial ou muito inovador, mas acho que se encaixa muito bem com o evento, e fiquei orgulhoso de como ele ficou.

Com o logo também resolvido, passei para a parte do Clássico de Inverno que é a preferida por todos: os uniformes. Tradicionalmente, os times têm usado uniformes retrôs (ou, no caso do Boston, uniformes híbridos com inspiração retrô). Para o Dallas, era óbvio que os uniformes dos North Stars eram obrigatórios. E foi aí que caiu minha ficha: o Minnesota Wild tem apenas nove anos de idade. Eles não têm lá uma longa história para se inspirar e já usam uniformes com inspiração retrô como seu terceiro uniforme habitual. Por sorte, se o time não tem tanta história, as cidades gêmeas são ricas na história do hóquei. Foi com isso em mente que decidi basear vagamente o uniforme do Wild no do St. Paul Saints dos anos 1930. Depois de ver a rejeição aos uniformes de poste de barbeiro com que o Montreal nos agraciou, eu sabia que não poderia fazer uma adaptação direta. Tomei a liberdade de pegar as melhores partes do uniforme dos Saints e atualizá-las com algumas simplificações. Fiz cerca de cinquenta versões dessa camisa, tentando achar algo que funcionasse.

Com o Wild apropriadamente vestido em um uniforme historicamente adequado, como mostrado na figura 3, era hora de decidir o que os Stars usariam. Os North Stars tiveram vários uniformes memoráveis e populares para eu escolher, mas decidi usar essa rara oportunidade para brincar de revisionista histórico, como fizeram os Bruins, que pegaram aspectos de diversos uniformes de seu passado ao desenhar o que usariam no Clássico de Inverno. Peguei o uniforme básico da expansão dos anos 1960 e fundi-os com uniformes da era Gund [N. do T.: Gordon Gund, dono dos North Stars entre 1978 e 1990], com o contorno do adereço nos ombros. O resultado final foi talvez o uniforme de aparência mais sexy da história do Clássico de Inverno. As camisas venderiam como água.

Veja a figura 4 e, se me disser que não ficou legal, eu te dou um murro na boca por mentir.

Já em relação às festividades por ocasião do jogo, tenho certeza de que a NHL, o Wild, os Twins e os Stars conseguirão ter boas ideias. Talvez um jogo entre os masters dos antigos North Stars e veteranos da seleção americana, ou talvez ex-Stars contra ex-Gophers. As possibilidades são infinitas quando um confronto faz tanto sentido quanto um Wild x Stars em Minnesota. (A Gary Bettman e demais cardeais da NHL: façam isso acontecer. Os Stars e o Wild podem não ter o poder de uma estrela como um Crosby ou um Ovechkin, mas também merecemos um jogo ao ar livre!)

Cole Jones escreve para o blog The Other Six Seconds. O artigo original foi traduzido e editado por Alexandre Giesbrecht.

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• Faceoff
• Prorrogação
• Cabeça que rolou
• Nunca, jamais e em tempo algum
• Negócio arriscado
• O reencontro dos grandes
• #35
• Goleiro para quem precisa de goleiro
• Propondo o próximo Clássico de Inverno