Por: Alessander Laurentino

Nota do editor: Alessander Laurentino reside em Montréal e, sempre que possível, trará o ponto de vista em breves notas de quem está na terra do hóquei no gelo.

Assistindo à abertura da temporada pela CBC, antes do jogo Montreal Canadiens e Toronto Maple Leafs no dia 7 de outubro, escutei a seguinte frase do apresentador — obviamente canadense — do programa: "Será que finalmente esta será a temporada em que a Copa Stanley volta para casa?"

Até agora, Carey Price não tem comprometido a temporada dos Habs. Na verdade, ele tem jogado até bem. Melhor para o gerente geral dos Habs e para os torcedores do time, que ainda não tiveram tempo de sentir saudades de Jaroslav Halak.

Assistindo ao jogo entre Maple Leafs e New York Rangers, quando os Leafs abriram 3 a 1 na partida, o narrador claramente empolgado disparou a pérola: "Contra quem vamos jogar na primeira fase dos playoffs? Com o time jogando deste jeito, não seria difícil vencer a Conferência". Até a minha esposa, que tem se mostrado uma grande torcedora dos Habs, fez gozação sobre o que ele disse, respondendo na lata: "Playoffs? A temporada começou agora e ele já pensa em playoffs. Quero ver é se eles chegam lá, depois ele pode falar besteira."

Impressionante. O jovem defensor do Tampa Bay Lightning, Victor Hedman, é realmente impressionante. O sujeito tem porte, técnica e físico para ser um novo Chris Pronger ou Steve Niedermayer na NHL. Eu gostaria de tê-lo no meu time.

E o Vancouver Canucks até agora não jogou nada que justificasse toda a badalação que lhe foi conferida na pré-temporada. Porém, o time de Vancouver geralmente só engrena depois do Natal. Tomara que neste ano o Natal chegue ainda em outubro...

Alguém mais já reparou que a música da abertura das transmissões de hóquei é praticamente a mesma em todas as emissoras de televisão? Pois é, tanto faz ser CBC, RDS, TSN, eles tocam a mesma música com arranjos diferentes. Eu nunca tinha me ligado nisso até esses dias. Bizarro.

Por que os jogadores da NHL fazem tanta celeuma quando alguém se machuca de maneira mais grave, principalmente com pancadas na cabeça? Se eles realmente se importassem com isso e se preocupassem com a saúde dos colegas de profissão, a liga não teria tanto trabalho no departamento disciplinar. Não sei se sou apenas eu, mas tenho uma sensação muito ruim sobre isso tudo e acho que em breve alguém vai sair seriamente prejudicado nessa "brincadeira".

E parece que finalmente a situação dos Coyotes vai ser resolvida, com a compra do time por Matthew Hulsizer, que se comprome a manter a franquia em Phoenix/Glendale. Será que dessa vez é para sempre ou será eterno enquanto dure?

Agora é Jason Spezza quem quer dar uma de Dany Heatley em Ottawa, mas a gerência da franquia parece que desta vez não vai se dobrar aos caprichos de mais um jovem milionário. A seguir: cenas dos próximos capítulos.

Quem tiver acesso e interesse deveria assistir a uma transmissão de hóquei do canal RDS, de Montréal. É muito estranha e, às vezes, engraçada a narração em francês. Sem falar nos nomes em francês das penalidades. Por exemplo, roughing vira rudesse, tripping vira faire trébucher e hooking é accrocher. E quando é gol? Nada do tradicional "scores", aqui eles dizem "et le buuuuut!"

Alessander Laurentino nunca escreveu uma coluna com estilo tão informal quanto esta.

Edição Atual | Edições anteriores | Sobre TheSlot.com.br | Comunidade no Orkut | Página no Facebook | Contato
© 2002-10 TheSlot.com.br. Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução do conteúdo escrito, desde que citados autor e fonte.
Página publicada em 17 de outubro de 2010.