Por: Chris Stevenson
Harry How/Getty Images
McAmmond comemora o gol que empatou o primeiro período do jogo 3 contra os Pens.

Eles conseguiram tomar o embalo de volta, liderados por seu capitão e por um integrante da quarta linha, seus dois velhos rabugentos.

Os balzaquianos Daniel Alfredsson e Dean McAmmond levaram os Senators de volta ao controle da série contra os Penguins no domingo [N. do T.: os Senators venceram o jogo 3 por 4-2 e passaram a liderar a série, 2-1], jogando duro e jogando feio no que agora é uma série dura e feia.

McAmmond marcou um hat trick à "Gordie Howe" — um gol, uma assistência e uma briga —, o destaque da noite em uma série que começa a ficar cada vez mais dura.

"Está ficando bem pesado, sem dúvida", disse a estrela dos Penguins, Sidney Crosby, que marcou um gol e uma assistência. "Achei que foi um pouco diferente dos dois primeiros jogos. Estes times se enfrentaram várias vezes, no fim da temporada e agora nesses três jogos, e já é certo que há mais coisas acontecendo."

Depois de um mau começo por parte dos Senators, McAmmond empatou o jogo em 1-1 no fim do primeiro período, com seu primeiro gol dos playoffs.

O jogador de 33 anos então nocauteou Maxime Talbot no segundo seguinte ao tranco de ombro com que Colby Armstrong, do Pittsburgh, tirou Patrick Eaves, do Ottawa, do jogo quando Eaves tentava contornar por trás do gol dos Penguins.

McAmmond personificou o tipo de atuação de que os Senators precisavam em uma noite em que o caráter deles foi colocado à prova e questionado por alguns depois da derrota no jogo 2.

"Acho que mostramos nosso caráter ao longo do ano com a adversidade que tivemos de enfrentar em alguns momentos", avisou McAmmond. "Eles podem entender como quiserem."

McAmmond começou devagar contra Talbot quando se emparelharam no meio da confusão, mas depois mostrou que sabe se cuidar.

"Sabíamos que ele era um lutador razoável, por isso não estávamos muito preocupados com ele", disse Jason Spezza. "É muito bom ver que ele nos defende. É disso que se precisa, especialmente em jogos em dias seguidos. Sentimos que podíamos botar no gelo quatro linhas a noite inteira e meio que cansá-los [os Penguins], nem que fosse só um pouco."

"Não sei se ele sabia que estava lutando com um velho", brincou McAmmond, cuja última briga na NHL foi quase sete anos atrás, contra Brenden Morrow, atacante dos Stars. McAmmond já dava seus socos nos seus tempos de júnior, acumulando 189 minutos em 1991-92, com o Prince Albert, da WHL.

"Ninguém sabia que o Deano sabia brigar assim", reconheceu o atacante Mike Fisher. "Ele ficou só brincando com o outro desde o início. Ninguém sabia se ele era canhoto ou destro. Eu ainda não sei."

McAmmond deu aos Sens o que eles precisavam quando a chance de dar um novo contorno à série se apresentou.

"É para isso que servem os colegas de time, para tentar dar aos caras de cima, aos bam-bam-bans, algum descanso", disse McAmmond. "É preciso esforço de todos. [O de domingo] foi um jogo em que eu pude ajudar."

Ah, e como foi que aquela última briga, a com Morrow, terminou? Ele ganhou?

"Não", respondeu McAmmond. "Ele era canhoto, e eu não sabia disso."

Chris Stevenson é colunista do jornal Ottawa Sun. O artigo foi traduzido por Alexandre Giesbrecht .
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Página publicada em 18 de abril de 2007.