O time de Philadelphia protagonizou uma incrível virada de rumo recentemente, depois de ter saído da última colocação do Leste em uma temporada para a final da Conferência na temporada seguinte. Depois de uma jornada inacreditável, os Flyers perderam alguns jogadores que podem fazer falta no decorrer da temporada e também nos playoffs.

Nesse começo de temporada eles amargaram uma seca de vitórias, chegando a ficar 6 partidas sem vitórias, sendo 2 derrotas na prorrogação e uma em tiros livres. A primeira vitória na temporada só veio na sétima partida, contra o New Jersey Devils. Então a equipe dos Flyers emplacou 4 vitórias seguidas, com direito a um estrondoso 7 a 0 contra o Atlanta (tudo bem que foi o Atlanta, mas 7 a 0 merece registro!).

Martin Biron vem sendo o dono da posição número um do time nesse começo de temporada, e se não chega a ser fantástico como foi em boa parte dos playoffs, raramente chega a comprometer também a fraca campanha dos Flyers até aqui.

Jeff Carter (9 gols e 3 assistências), Simon Gagne (8 gols e 6 assistências), Mike Richards (4 gols e 10 assistências) e Mike Knuble (6 gols e 5 assistências) são os principais artilheiros e vêm comandando a equipe nesse primeiro quarto de temporada.

A contusão de Daniel Briere deixou os Flyers sem um importante jogador, mas espera-se que ele possa retornar com seu bom jogo demonstrado nas primeiras 6 partidas que disputou antes da lesão muscular que o deixou de molho. A boa notícia é que ele voltou a treinar no gelo essa semana e deve retornar em breve ao time.

Em 11 partidas os Flyers venceram 4 vezes, perderam outras 4 e foram derrotados 3 vezes na prorrogação/tiros livres, somando apenas 11 pontos, que os colocam em quarto lugar na divisão do Atlântico e apenas na 12ª colocação do Leste, a 3 pontos de uma vaga nos playoffs, mas com duas partidas a menos jogadas do que os Maple Leafs (atualmente em oitavo).

Para ampliar o poder de fogo do time, a gerência dos Flyers parece disposta a investir na possível contratação do veterano agente-livre Brendan Shanahan. Um possível empecilho seria o pequeno espaço no teto salarial que os Flyers dispõem (cerca de apenas 700 mil dólares). Ou Shanahan aceitaria ganhar muito pouco por seus serviços para ficar perto da sua família, que mora em New York, ou então os Flyers precisariam se ajustar ao teto salarial para abrir espaço visando sua real contratação.

Shanahan marcou 23 gols na temporada passada e com sua experiência e liderança seria uma excelente adição ao elenco jovem dos Flyers. Além da questão salarial, porém, os Flyers precisariam abrir espaço entre as 3 primeiras linhas do time para a chegada de Shanahan, o que certamente desagradaria alguém.

A ofensividade do time nesse começo de temporada não vem sendo problema, com a boa média de gols marcados pelos Flyers, mas o que tem preocupado o técnico, a gerência e os fãs é a falta de consistência da defesa, com alta média de gols sofridos até o momento.

Até o Gerente Geral Paul Holmgren criticou o desempenho defensivo de seus atacantes, e o fez publicamente, gerando um mal estar entre a gerência e os jogadores, que não aceitaram muito bem as críticas públicas que sofreram. Um exemplo da deficiência defensiva do time foi a derrota sofrida no domingo para o Edmonton Oilers, quando os Flyers marcaram 4 gols, mas tomaram 5, deixando escapar a vitória e os pontos jogando em casa, frente à sua torcida.

Martin Biron também criticou a atuação do time nessa partida, afirmando que os Flyers facilitaram o trabalho ofensivo dos Oilers no jogo. Depois de tantas broncas, Mike Richards se pronunciou publicamente em nome de seus companheiros, reconhecendo as falhas dos jogadores e que os mesmos se esforçariam mais para resolver esse problema defensivo, mas ressaltou também que quando o time perde, todos perdem e que o trabalho precisa ser coletivo.

Claro, afinal é um time. Tem que ser coletivo.

Os Flyers precisam agora ajustar a deficiência da atuação defensiva dos seus atacantes e tornar-se um time mais coeso, capaz de reagir ainda na primeira metade da temporada, para não correr o risco de se enfiar num abismo e quando resolver reagir ser tarde demais até mesmo para buscar uma das oito vagas para os playoffs do leste.

As críticas devem ser usadas para se construir algo de bom e recuperar-se a temporada antes que os oito primeiros times se distanciem demais na classificação.

A sorte é estar numa conferência com times como Atlanta, Florida, Tampa Bay e os sempre inconstantes Washington, Carolina, NY Islanders além dos decepcionantes (para a torcida de Toronto) Maple Leafs, que não conseguem fazer jus à sua história de time tradicional do Canadá e da NHL.

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• Editorial
• Faceoff
• Prorrogação
• A gangorra dos Flyers
• Liberdade de expressão
• A KHL é uma ameaça?
• Os fracassos dos goleiros em Ottawa
• A provação dos Diabos
• Olhando para os garotos
• O que há com Mathieu Schneider?
• O Professor!
• O primeiro jogo após a tragédia