Por: Brian Costello

Estamos apenas no meio do caminho da temporada 2008-09, mas uma história marcante e sem precedentes está acontecendo diante dos nossos olhos.

E não demos muita atenção a isso até agora.

Esqueça tudo o que você já ouviu sobre o novato Steve Mason, do Columbus Blue Jackets, ser um dos candidatos ao Troféu Calder. Pois se ele continuar a jogar o que jogou em suas 26 partidas até aqui, ele vencerá também o Vezina, prêmio entregue ao melhor goleiro da NHL, e o Hart, como o jogador mais valioso da liga.

Nenhum jogador na história da liga venceu esses três prêmios em uma mesma temporada, então acredito que podemos estar vendo uma sensacional história sendo escrita.

Considere os indiscutíveis fatos. Mason passou o primeiro mês da temporada na American League, enquanto Pascal Leclaire e Fredrik Norrena tentavam controlar a crise dos Blue Jackets. Somente em 5 de novembro, o goleiro de 20 anos fez sua partida de estreia como titular na NHL. Ele começou com três vitórias seguidas, vencendo seis de nove jogos.

E então Mason apareceu.

Após sofrer 12 gols em suas primeiras quatro partidas, Mason permitiu apenas 35 nos 22 jogos seguintes, conseguindo uma excelente média de apenas 1,75 gols por partida nessa sequência.

E não se esqueça que ele lidera a liga em shutouts, com seis até aqui.

Mason ainda lidera a NHL em média de gols sofridos, com 1,80 (seus rivais mais próximos são Manny Fernandez, com 2,04, e Tim Thomas, com 2,07), e também em aproveitamento de defesas, com 93,6% (Thomas tem 93,5% e Craig Anderson, 93,3%).

O que chama mais atenção em Mason é que ele é uma verdadeira parede. Ele parou todos os 45 chutes disparados contra a sua meta na vitória por 3-0 sobre o Washington Capitals de Alex Ovechkin, em 9 de janeiro. Foi a segunda vitória por shutout sobre os Caps nesta temporada.

Em 10 partidas contra os times do topo da NHL, Mason permitiu apenas 21 gols. Vinte-e-um gols? Dá um tempo, isso é inacreditável! Foram quatro em dois jogos contra o San Jose, nove em dois jogos contra o Washington, três contra o Montreal, contra o Detroit e o Chicago, dois contra cada um, um contra o Calgary, e shutouts contra o Philadelphia e o Anaheim.

Não é surpreendente?

Muitos creditam parte do sucesso de Mason à filosofia defensiva do técnico Ken Hitchcock — os Blue Jackets têm a sexta menor marca de chutes sofridos desta temporada, com média de 28,2 —, mas Mason é apenas o último homem da defesa e suas estatísticas são as melhores em várias categorias, o que não validaria muito essa hipótese.

Salvo pelas realizações alcançadas nas carreiras de Patrick Roy e Martin Brodeur, não temos visto a história de um goleiro nessa magnitude desde que Dominik Hasek venceu seguidamente o Troféu Hart, em 1997 e 1998, e Tom Barrasso, com apenas 18 anos de idade, venceu o Calder e o Vezina, em 1984.

Escolhido na 69.ª posição do recrutamento de 2006, Mason tem brilhado e muito desde então, do sucesso no Campeonato Mundial Júnior de 2008 a uma rápida ascenção entre os melhores prospectos dos rankings anuais da revista The Hockey News.

Mas, mesmo se o jovem goleiro cair um pouco por terra e jogar apenas o suficiente pelo restante da temporada, ele ainda ganhará o Calder e será um dos finalistas do Vezina. Em uma temporada em que Sidney Crosby não tem sido espetacular e Roberto Luongo encontra-se machucado, se Mason tiver mais alguns meses espetaculares, ele também será um forte concorrente a Alex Ovechkin pelo Hart.

E vale lembrar. Nas duas partidas frente a frente até aqui, o placar está em Mason 2, Ovechkin 0. O novato simplesmente ignorou Ovie em todos os seus 18 chutes.

Brian Costello escreve regularmente para o site TheHockeyNews.com. O artigo original foi traduzido por Igor Veiga.
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Página publicada em 14 de janeiro de 2009.